As ações do governo Lula para a reindustrialização do País, como o programa Nova Indústria Brasil, acumulam avanços importantes, com reflexos diretos no mercado de trabalho, como mostra a edição mais recente dos Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O levantamento revela que o emprego na indústria completou um ano sem queda em setembro, mês em que a criação de vagas pelo setor avançou 0,2%, na comparação com agosto. Nos nove primeiros meses deste ano, o emprego cresceu 2,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
Além do emprego, outros indicadores ligados ao mercado de trabalho subiram em setembro. Após alternar altas e quedas expressivas, a massa salarial real dos trabalhadores da indústria de transformação aumentou 0,4%, considerando a série livre de efeitos sazonais. Entre janeiro e setembro de 2024, essa variável acumula crescimento de 3,1% ante o mesmo recorte de 2023.
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O rendimento médio real dos trabalhadores industriais subiu 0,2% setembro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve queda de 1,3%, enquanto que no acumulado anual, registra alta de 1%.
No rumo certo
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, comemorou, pela rede social X, mais esse bom resultado econômico. “O mercado de trabalho industrial segue em alta no Brasil. Segundo a CNI, o setor completou, em setembro, 12 meses consecutivos de estabilidade ou crescimento na geração de empregos. É o país que segue no rumo certo com mais oportunidades para a nossa gente!”, afirmou o ministro, que é responsável pela coordenação do Novo PAC, outra ação importante para impulsionar da indústria.
Atividade industrial oscilou em setembro
Segundo a pesquisa, o faturamento da indústria diminuiu 1,7%. Apesar da queda, o indicador foi 8,5% superior ao registrado pelo setor em setembro do ano passado, e está 4,4% acima no acumulado dos nove primeiros meses de 2024 frente ao mesmo período de 2023.
O número de horas trabalhadas na produção caiu 0,8% na passagem de agosto para setembro. Mesmo assim, na comparação com setembro do ano passado, a variável subiu 6,3%. No acumulado anual, registra avanço de 3,9%.
Entre os indicadores mais relacionados à atividade industrial, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) foi o único a melhorar, aponta a CNI. A UCI aumentou 0,3 ponto percentual, passando de 79,6%, em agosto, para 79,9%, em setembro.
O bom momento da indústria
Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, afirma que o aumento da UCI significa que a indústria está usando mais das máquinas e da mão de obra já presentes nas fábricas, o que traz consequências positivas para a economia.
“Embora os indicadores de atividade tenham mostrado esse comportamento diverso, com estabilidades e quedas na passagem de agosto para setembro, é importante notar que os indicadores todos estão bastante mais elevados na comparação com o ano de 2023, no mesmo período, ou na comparação mensal, mostrando um bom aumento da indústria agora em 2024”, explica.
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Ele falou também da importância de o setor ampliar os investimentos, diante de um cenário de economia aquecida.
“Na medida que vai aumentando a utilização da capacidade instalada, fica cada vez mais necessário o investimento da indústria para atender um aumento da demanda. Acompanhado junto com o bom momento da indústria, o momento da produção, o momento do emprego e o momento da capacidade instalada, se torna cada vez mais necessário para acompanhar esse contínuo aumento, tanto da produção quanto do número de empregados”, sublinha.
“Então o mercado, como um todo, continuou em um momento bastante positivo e continuou crescendo nesse mês agora de setembro”, acrescenta.