Por Roberto Maciel, jornalista:
O prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT), está na programação da COP30, sediada em Belém (PA). É a mais importante conferência climática do planeta nos últimos anos, podendo ser decisiva para temas como o aquecimento global – de relevâncias ambiental e social imensas. Evandro cumpre papel importante. É o representante de todas as cidades latino-americanas no evento. Não é pouco. O peso carregado pelo prefeito ganha mais expressão quando se põem na mesa questões como desmatamento, preservação de espaços livres, o desafio do desenvolvimento urbano no qual se confrontam interesses da especulação imobiliária e das demandas ambientais.
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O prefeito de Fortaleza não é, nem de longe, nome associado às causas ambientais. Está longe disso. Talvez não conheça do assunto mais do que a legislação determina – o que se pode supor que esteja no mesmo leque da maioria dos prefeitos do País.
Ainda assim, há de se saudar o engajamento dele na conferência. Pode vir daí algum entusiasmo que sirva a Fortaleza – tomara!
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Como contraponto, não se pode deixar de lembrar uma figura reprochável, que se chama de “inspetor Alberto”, agarrado às orelhas de um pequeno porco e dizendo que iria matar o leitão – era uma óbvia manifestação violenta contra um animal e uma ameaça idiota e bolsonarista contra a vida de um adversário.

Nem se pode esquecer, ainda, os risíveis e meramente midiáticos “xiringadores” instalados na Beira Mar de Fortaleza pelo prefeito anterior, José Sarto (acima) – como se aquilo fosse resposta política ou mecânica que se dê ao aquecimento global. Os aspersores de água de Sarto, que já não funcionam, nada mais foram do que um (mais um) ato debochado com dinheiro do povo cometido por um gestor inapto e inepto.
Também deve ser recordada a rasa e infantil proposta de “criação de novos parques e áreas verdes, bem como a promoção de práticas sustentáveis” feita por André Fernandes (PL, abaixo)) quando candidato a prefeito de Fortaleza – sem nenhum conteúdo técnico, espacial, geográfico, urbano, biológico que desse ao menos feições factíveis à ideia.

E destaque-se a postura servil ao negacionismo a qual André, sempre ele, nunca deixou de ser orgulhar em campos diversos.
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Sim, é verdade: Evandro Leitão não reúne, como político com mandato ou militante progressista, todos os atributos para encaminhar debates e propostas sofisticadas na COP30.
Mas já imaginaram, leitora e leitor, se quem estivesse lá fosse Sarto ou André?


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