Começa sexta-feira, 31.10, a 11ª edição do Festival Internacional de Circo do Ceará (FICC). O evento segue até 15 de novembro. Mais de 40 apresentações se realizam nessa edição, com cerca de 100 artistas do Ceará, de outros estados e países em picadeiros e palcos diversos de cinco cidades cearenses. Nesta edição, o festival passa por Fortaleza (31.10 e 3.11), Aquiraz (1 e 2.11), Paracuru (5 e 6.11), Itapipoca (7 e 8.11) e Aracati, na praia de Canoa Quebrada (14 e 15.11). A programação é gratuita e para toda a família.
O festival reúne artistas em números, espetáculos e oficinas que expressam toda a diversidade das artes circenses. Do Brasil, participam companhias e artistas de Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Amazonas e Ceará, representando cidades como Aquiraz, Aracati, Camocim, Eusébio, Fortaleza, Itapipoca, Maracanaú, Paracuru e Quixeramobim. Além das atrações nacionais, o evento também contará com grupos e artistas de mais seis países: Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Espanha e Uruguai.
PROGRAMAÇÃO DE FORTALEZA (31/10 E 03/11):
Três espaços recebem a programação do Festival de Circo em Fortaleza: CCBel, ICES e Vila das Artes. O festival começa no Centro Cultural Belchior (CCBel), na sexta-feira, 31 de outubro, às 19h, com apresentação de dois espetáculos: “Marias da Terra: As Palhaças Agricultoras” (Trupe Mulheres Esperança Garcia – PI), inspirado nas mulheres do campo com histórias que celebram os saberes da terra, a cultura nordestina e a força feminina rural; e “Indomito” (Estúpida Compañía – ARG/URU), um espetáculo que resgata as peculiaridades do antigo e clássico “circo freak”.
Na segunda-feira, 3 de novembro, o FICC recebe um espetáculo inteiramente em Libras, com tradução reversa para o público ouvinte. Em cena, artista surda Lyvia Cruz (CE) apresenta “A Palhaça Surda Mara: o corpo da mulher”, às 9h, no Instituto Cearense de Educação de Surdos (ICES) e às 19h, na Escola Pública de Circo da Vila das Artes, em uma varietê especial. Neste dia, a Vila das Artes, também recebe “Palhaçarabia” (Cia Lamparim de Circo e Teatro – Quixeramobim/CE), uma apresentação de variedades circenses com temática lúdica inspirada no universo árabe dos antigos circos; “Enodarte” (Coletivo Quintal – Fortaleza/CE), um duo na corda lisa que explora a tessitura dos corpos, dos gestos, de tensões e silêncios e, por fim, “Solstício” (Jean Winder, AM).
PROGRAMAÇÃO NA REGIÃO METROPOLITANA E LITORÂNEA:
Em Aquiraz (1 e 2/11):
No primeiro final de semana de novembro, sábado (1º) e domingo (2), o FICC estará na Praça da Cultura, de Aquiraz, com espetáculos a partir das 18h. Entre as atrações estão “Mãeternidades” (Stela Rosa – Fortaleza/CE). Em cena, Stela dá vida a Palhaça Estelar, que se equilibrando em pés de lata com o bebê Dodô, enfrenta o caos da maternidade e convida um homem da plateia a despertar seu “instinto paterno”; “Excêntricos: Um casal fora do comum” (Balagan Circus – ARG/URU), uma comédia circense mistura o teatro excêntrico com a essência do circo de rua; “Ludomira Silva em: Eu não aguento mais sopa!” (Maruska Ribeiro – Fortaleza/CE), que faz uma sátira às normas de etiqueta impostas ao ato de se alimentar; “Lino Rocha – O atirador de facas” (Lino Rocha, do Circo Marlyn – Fortaleza/CE), além de artistas circenses da cidade: Grupo Catabum, Palhaço Tutu e Alegria, o Palhaço.
Além das apresentações, no dia 2 de novembro, às 16h, será lançado o livro “O picadeiro é encantado: tempo, festa e narrativas etnobiográficas de um palhaço de circo”, da jornalista Ethel de Paula, na Tapera das Artes. O evento contará com a presença do Palhaço Pimenta, mestre da cultura cearense e um dos mais antigos palhaços em atividade no estado. Todo o valor arrecadado com a venda da obra será revertido em benefício do artista. A publicação integra a coleção Territórios de Criação, do programa Ceará Sem Fronteiras, promovido pela Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult).
EM PARACURU (05 E 06/11)
Ao longo da semana, o festival segue para o litoral oeste cearense, para realizar apresentações nos dias 5 e 6 de novembro, às 19h, no Anfiteatro da Praça do Farol, em Paracuru. Nos dois dias a tradicional Charanga do Festival, com a Banda de Música Mestre Pixuna, abre a programação. Depois, começam as apresentações circenses. Entre as atrações: “Cuerva” (Caterina Stefanoff, Argentina), que apresenta uma mulher frágil encara seus medos e se arrisca a orquestrar a própria vida, dançando com audácia na fronteira entre razão e prazer; “Cordas Indianas” (Ingrid Bogotá, Colômbia), um número de corda indiana que, nas alturas, se divide em várias cordas, unindo delicadeza, força e elegância ao som de música instrumental; e “Duo Fiti & Paldi: Amor e Comédia” (Duo Fiti & Paldi – Chile/CE), um espetáculo chileno que mistura circo tradicional e comédia romântica, com acrobacias, malabares e monociclo retratando com humor e equilíbrio, os altos e baixos de uma relação.
EM ITAPIPOCA (07 E 08/11):
Itapipoca, a “Cidade dos três climas”, recebe a programação do 11° FICC nos dias 7 e 8 de novembro, respectivamente na Casa de Teatro Dona Zefinha e na Praça da Matriz. Na sexta-feira (7), às 19h, a primeira atração é o “Circo Metamorfose” (Cia Epidemia de Bonecos – Fortaleza/CE), uma homenagem poética aos irmãos de Itapipoca que deram origem ao grupo Dona Zefinha. O espetáculo usa bonecos, música e ilusionismo para celebrar o circo, os sonhos e a criatividade da infância. No sábado (8), a programação começa às 20h na Praça da Matriz. Entre as atrações estão “O Encontro da Tempestade e a Guerra” (Circo Experimental Negro – PE), que entrelaça acrobacias, dança afro-brasileira e teatralidade afrocêntrica para narrar as potências míticas dos orixás Yansã e Ogum e; “Circo da Trupe Graviola” (Trupe Graviola – COL), que reúne palhaçaria, acrobacias, malabares e a hipnotizante Roda Cyr, unindo circo tradicional e contemporâneo.
ENCERRAMENTO EM ARACATI (14 E 15/11):
O festival encerra a circulação da 11ª edição na Praia de Canoa Quebrada, em Aracati, com programação nos dias 14 e 15 de novembro, às 19h, no Circo Escola Canoa Criança. Entre as atrações, está o espetáculo “Um Salto Quase Mortal” (Coletivo FusCirco – Fortaleza/CE), com os personagens Rupi e Pitchula em uma apresentação vibrante que mistura humor, ousadia e arte de rua; e a companhia itinerante Circus Family on the Road (Espanha). Formada por uma família de artistas da Espanha e Itália que viaja o mundo em uma motorhome, apresentando números de circo, música e palhaçaria com humor e poesia. A trupe passou pela Europa, Equador e Norte do Brasil, antes de aportar no festival.
LONA ABERTA, FICC EM REDE E LUZ NO PICADEIRO
Além dos espetáculos, o Festival Internacional de Circo do Ceará realiza três ações que reforçam seu compromisso com a arte circense: o FICC em Rede (7/11 a 20/12), realizada em parceria com equipamentos culturais, festivais e instituições parceiras no estado e no país fortalece a cadeia produtiva por meio de parcerias com instituições culturais; o Programa de Formação Luz no Picadeiro (22/10 a 19/11), voltado à capacitação e valorização da tradição circense; e o Lona Aberta com apresentações gratuitas em novembro, em comunidades onde os circos selecionados estão funcionando. Estas três ações contribuem para a democratização do acesso à cultura e na formação de plateia, ampliando a presença das artes circenses em diversos locais.
QUEM FAZ
A 11ª edição do Festival Internacional de Circo do Ceará é uma realização da Iluminura Produtora Cultural. Conta com apoio da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult-CE), por meio do 1º Edital de Festivais Culturais Calendarizados da Lei Aldir Blanc 2, e fomento da Fundação Nacional de Artes (Funarte) por meio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, do Ministério da Cultura | Governo Federal.
O festival também conta com apoio institucional da Prefeitura de Fortaleza, através da Escola Pública de Circo da Vila das Artes e do Centro Cultural Belchior; da Prefeitura de Aquiraz, por meio da Secretaria da Cultura e do Programa Circuito das Artes; da Prefeitura de Paracuru, por meio da Secretaria da Cultura e Economia Criativa; da Prefeitura de Itapipoca. Essas parcerias reforçam o papel estratégico do FICC como política pública de fomento à cultura, à diversidade artística e à descentralização territorial da produção cultural no estado.
Site: www.festivaldecircoceara.com. Redes sociais: Instagram @festivalcircoceara e Facebook @festivaldecircodoceara. Contatos: (85)98850-0006, (85)99904-8082 e festivaldecircoceara@gmail.com


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