Fortaleza receberá de 13 e 15 de agosto a 13ª edição da Festa de Iemanjá, uma das maiores celebrações públicas dedicadas à Rainha do Mar no Brasil. Será no Aterro da Praia de Iracema. O evento, que integra do calendário oficial da cidade, é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Fortaleza por meio do Decreto nº 14.262, de 30 de julho de 2018, da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Cultura do Município (Secultfor).
A festa marca o Aterro da Praia de Iracema como o epicentro dessa celebração. A abertura oficial, na noite do dia 14, é um prelúdio para a intensidade das atividades culturais, rituais e oferendas que acontecem ao longo do dia 15, culminando às 20h. Essa celebração, enraizada nas tradições afro-brasileiras, tornou-se um símbolo de resistência, identidade e respeito à diversidade.
Além do impacto na comunidade local, a conquista do título de Patrimônio Imaterial posiciona a Festa de Iemanjá como atrativo turístico-cultural, fomentando o turismo responsável e promovendo a compreensão intercultural entre visitantes e residentes. É também um compromisso com a preservação, celebração e promoção das tradições afro-brasileiras, enriquecendo o patrimônio cultural e espiritual da cidade.
Organizada pelo Fórum Permanente do Povo de Terreiro do Ceará (Pró Terreiro), a festa une religiosidade, cultura e diversidade, promovendo uma homenagem plural a Iemanjá, orixá cultuada em diversas tradições afro-brasileiras, como a Umbanda e o Candomblé. A festividade inclui ainda rituais religiosos, apresentações culturais, feira de economia criativa e gastronômica, além da tradicional entrega de oferendas ao mar.
A Festa de Iemanjá também promove a valorização da identidade afro-brasileira, o fortalecimento das tradições de matriz africana e o combate à intolerância religiosa. Em 2024, a edição anterior contou com a participação de cerca de 50 mil pessoas. Para 2025, a expectativa é dobrar esse número, com ainda mais visibilidade para os povos de terreiro e maior alcance turístico e econômico.
Além da dimensão espiritual, a festa movimenta a economia local com barracas de comidas típicas — como acarajé, moqueca e bobó de camarão — e com feiras de artesanato e vestuário afro-brasileiro, criando oportunidades para empreendedores, artesãos e comunidades tradicionais. Serão 20 barracas voltadas à gastronomia e economia criativa instaladas no local.
A realização da festa envolve uma articulação entre coletivos religiosos, sociedade civil e diversas secretarias e órgãos do poder público, garantindo infraestrutura, segurança, saúde e acessibilidade para os participantes.