O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), sancionou a lei que cria o Programa Estadual de Fortalecimento e Revitalização da Cotonicultura. Proposta pelo Executivo Estadual e aprovada na Assembleia Legislativa, a medida vai potencializar a retomada da produção de algodão no Ceará que, até a década de 1980, foi um produto relevante para a economia cearense, sendo chamado de “ouro branco”.
Elmano defende que é um passo fundamental para que o Ceará retome o protagonismo no cultivo de algodão, gerando mais emprego e renda para os cearenses. “Sancionei a lei que cria o Programa Estadual de Fortalecimento e Revitalização da Cotonicultura, que vai impulsionar a produção de algodão no nosso estado. Com sementes de qualidade e subsídio para os produtores rurais, vamos gerar mais emprego, renda e desenvolvimento sustentável para a agricultura cearense”, afirmou Elmano de Freitas.
Coordenado pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico, o programa prevê diversas ações de incentivo para que produtores rurais tenham acesso facilitado a sementes de qualidade. As sementes, que serão adquiridas pelo Estado do Ceará, serão distribuídas exclusivamente a produtores rurais previamente cadastrados.
Além disso, a SDE, em cooperação com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão do Ceará (Ematerce), prestará o apoio necessário aos produtores beneficiados, considerando:
I – articular políticas de fomento à cadeia produtiva do algodão, promovendo a atração de investimentos e incentivo à comercialização;
II – apoiar a consolidação de mercados e parcerias para os produtores rurais
participantes do Programa;
III – elaborar estratégias de desenvolvimento econômico integradas à cotonicultura.
A iniciativa busca resgatar uma vocação do Ceará, já que o estado alcançou o posto de maior produtor de algodão do Nordeste e um dos maiores do Brasil até a década de 1980, quando começou o declínio da cotonicultura no País. O Ceará foi um dos muitos estados brasileiros afetados pela destruição das plantações de algodão em razão de pragas, especialmente o bicudo-do-algodoeiro.
A partir dos anos 2000, o Brasil voltou a produzir em diversas regiões, consolidando-se no ranking de produtores de algodão e, em 2024, tornou-se líder mundial na exportação, ultrapassando os Estados Unidos.