O secretário de Segurança Pública de Caucaia, coronel Aginaldo de Oliveira, está desaparecido há dias e tem sido citado como possível responsável por ajudar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), de quem é marido, a fugir do Brasil em circunstâncias que levantam sérias suspeitas. A ausência de Aginaldo, que não dá despachos presenciais desde a semana passada, tem causado apreensão entre servidores da prefeitura e moradores da cidade.
Aginaldo e Carla se casaram numa cerimônia que reuniu a extrema-direita em 2020, tendo como padrinho o então ministro da Justiça Sérgio Moro.
Zambelli, mais uma bolsominion que enfrenta investigações e processos na Justiça por uma série de crimes, saiu do país em meio a especulações sobre uma eventual tentativa de escapar de responsabilização judicial. A presença de Aginaldo ao seu lado na viagem internacional intensificou as suspeitas de que a saída tenha sido organizada com apoio direto do secretário, coronel reformado da Polícia Militar do Ceará.
A situação se torna mais grave diante da postura do prefeito de Caucaia, Naumi Amorim (PSD), momento não se manifestou oficialmente sobre o caso. O silêncio da gestão chama atenção, considerando que o titular de uma das pastas mais sensíveis da administração está desaparecido, sem explicação à população ou às autoridades locais.
Fontes da Prefeitura confirmam que não há registros recentes de atividades oficiais ou comunicações internas por parte de Aginaldo. Servidores relataram que tentativas de contato com o secretário não têm retorno desde o início da semana.
A ausência prolongada e sem justificativa de um secretário responsável pela segurança pública seria, em qualquer circunstância, motivo de alarme. No entanto, o caso ganha contornos ainda mais preocupantes quando associado à possível facilitação da fuga de uma parlamentar sob investigação e à total omissão por parte do chefe do Executivo municipal.
Entidades da sociedade civil, lideranças políticas locais e moradores de Caucaia cobram um posicionamento urgente do prefeito Naumi Amorim e exigem que as autoridades federais e estaduais apurem os fatos com a devida celeridade. O município não pode permanecer em estado de insegurança e incerteza diante da possível participação de um agente público em um episódio de tal gravidade.