Mercado de venda de carteiras inadimplentes chega a R$ 9,7 bilhões no primeiro semestre

No mercado de instituições que concedem crédito, como bancos, financeiras, cooperativas, varejistas, entre outras, há uma realidade que afeta a todos: parte dos empréstimos não é quitada pelos clientes tomadores de crédito – sejam eles pessoas físicas ou jurídicas. Isso pode ocorrer devido a inúmeros fatores, como falência de empresas ou mesmo problemas financeiros pessoais. Quando esses débitos ficam pendentes por um período significativo, geralmente 90 dias ou mais, um recurso que estes credores possuem é fazer a cessão dos valores não recebidos. Ou seja, a venda das carteiras inadimplentes.

A Recovery, empresa do Grupo Itaú para compra e gestão de créditos inadimplentes no Brasil, divulga balanço referente ao primeiro semestre deste ano. Segundo levantamento da companhia, a venda de carteiras inadimplentes atingiu no primeiro semestre um total de R$ 9,7 bilhões, sendo mais de R$ 4,7 bilhões somente no segundo trimestre.

“Dentro do mercado de NPLs, alguns segmentos vêm se destacando, entre eles, dívidas decorrentes de cartão de crédito, oriundas de bancos digitais e fintechs, e financiamento de veículos. Vale reforçar que estes números oscilam ao longo dos meses e anos por diversos fatores relacionados à economia. É um movimento natural do mercado”, explica Plínio Ribeiro, head Comercial e de Aquisição de Carteiras na Recovery.

Olhando para o mercado de venda de carteiras inadimplentes com o recorte de dívidas de cartão de crédito, este atingiu R$ 3,5 bilhões de janeiro a junho deste ano, sendo R$ 2 bilhões apenas entre abril e junho. “As dívidas de cartões de crédito são as mais representativas no mercado de cessão de carteiras inadimplentes por ser um reflexo do cenário geral de endividamento do brasileiro. A facilidade de contratação desse tipo de crédito e as altas taxas de juros impulsionam esse endividamento”, comenta Plínio.

Já o segmento de bancos digitais e fintechs registrou R$ 1 bilhão e R$ 0,5 bilhão, respectivamente, no primeiro semestre deste ano e no primeiro trimestre. “Esses bancos estão avançando cada vez mais na aprovação de crédito e isso acaba fazendo com que as taxas de endividamento deles também aumentem. O mercado de cessão de crédito é uma forma desses novos bancos ganharem liquidez e terem uma operação mais saudável, sem dúvida. Acredito que esses bancos devam acessar cada vez mais o mercado de cessão”, conta o especialista.

As dívidas oriundas do setor de veículos chegaram a R$ 1,2 bilhão no primeiro semestre e R$ 0,8 bilhão só no segundo trimestre do ano. O executivo explica este cenário. “O segmento de dívidas de veículos abrange inadimplências que possuem, como garantia do pagamento do débito, veículos de diversos portes, entre eles, motos, carros e caminhões. Essas dívidas podem ser de financiamento ou outros tipos de crédito. Quitar essas pendências é uma forma de evitar a apreensão dos veículos e voltar a rodar sem pendências”, afirma o Head da Recovery.

Além de ser uma ferramenta para melhorar a saúde financeira das empresas, o mercado de venda de carteiras também auxilia as pessoas devedoras a renegociarem seus débitos em atraso. “As empresas que atuam nesse mercado, como a Recovery, são especializadas em cobrança, conhecem o mercado e buscam sempre oferecer boas condições de renegociação”, conclui Plínio.

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