Morte de influenciadora digital no Ceará alerta para diagnóstico e tratamento de doenças pélvicas

A morte precoce da influenciadora digital Laleska Alexandre (foto), aos 28 anos, em Juazeiro do Norte, se tornou um alerta sobre doenças pélvicas graves, que podem evoluir rapidamente e levar a complicações fatais. O médico ginecologista Marcelo Cavalcante  explica que condições como infecção ovariana, abscesso ovariano e torção ovariana são silenciosas, mas exigem atenção imediata. O diagnóstico precoce é fundamental para estes casos e pode salvar vidas.

Apesar de os detalhes sobre o caso de Laleska não terem sido totalmente esclarecidos, suspeita-se que complicações de doenças pélvicas, como infecção ou torção ovariana, possam ter contribuído para o desfecho trágico.  Marcelo Cavalcante ressalta que muitas mulheres desconhecem os riscos dessas condições, que podem afetar a saúde reprodutiva e, em casos extremos, levar à morte.

A infecção ovariana, ou ooforite, é uma inflamação rara, mas grave, geralmente associada à doença inflamatória pélvica (DIP). Mulheres sexualmente ativas, especialmente com histórico de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), são as mais vulneráveis. Bactérias como Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis são as principais causadoras. Se não tratada, a infecção pode evoluir para abscessos, infertilidade e até infecção generalizada.

Já o abscesso ovariano, uma coleção de pus no ovário, é uma complicação grave da DIP. Mulheres com histórico de infecções ginecológicas mal cuidadas ou que passaram por procedimentos invasivos estão no grupo de risco. A ruptura do abscesso pode causar peritonite, septicemia e, em casos extremos, levar à morte.

A torção ovariana, por sua vez, ocorre quando o ovário gira em torno de seu próprio eixo, interrompendo o fluxo sanguíneo. Mais comum em mulheres com cistos ou aumento do volume ovariano, a condição pode levar à necrose do tecido, exigindo remoção cirúrgica. Em casos graves, a falta de tratamento pode resultar em sepse e óbito.

Sinais de alerta que não podem ser ignorados

Cavalcante destaca que os sintomas das doenças pélvicas graves podem ser confundidos com desconfortos comuns, mas é preciso atenção redobrada. Dor abdominal intensa, febre, náuseas, vômitos e alterações no ciclo menstrual são sinais de alerta. “Qualquer dor pélvica aguda e persistente deve ser investigada imediatamente”, orienta o médico.

O especialista também reforça a importância da prevenção. “Consultas ginecológicas regulares, tratamento adequado de infecções e práticas sexuais seguras são essenciais para evitar complicações”, afirma.

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