O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, endureceu as regras de imigração e controlar a entrada irregular na fronteira com o México. Na última segunda-feira (4), emitiu uma ordem executiva para conter a entrada ilegal. No entanto, é importante frisar que nada muda para aqueles que buscam imigrar legalmente.
Considerada uma das mais agressivas medidas adotadas por um presidente democrata, a postura é direcionada aos imigrantes que tentam atravessar a fronteira de maneira irregular. Se o número de entradas não oficiais ultrapassar 2,5 mil por dia, a fronteira poderá ser temporariamente fechada, com os imigrantes capturados sendo devolvidos ao México.
Em ano eleitoral, o ato tende a ser considerado também uma resposta aos eleitores de Trump, ex-presidente e atual candidato, que assume o combate à imigração ilegal como uma das principais bandeiras de campanha.
“Em períodos pré-eleitorais nos EUA uma das maiores discussões na imprensa são as possíveis alterações na legislação imigratória dos candidatos à Casa Branca. Muito se discute sobre isso. Mas, na prática, após eleito o então audacioso candidato consegue fazer muito pouco ou quase nada. Foi assim com Obama, Trump e Biden. A razão é simples, alterar a legislação imigratória nos EUA é tarefa árdua e depende do congresso americano, quase sempre dividido rigorosamente ao meio”, afirma o advogado especialista em imigração e licenciado nos Estados Unidos Vinícius Bicalho.
Ainda de acordo com o advogado, para aqueles que têm o objetivo de residir e trabalhar legalmente nos Estados Unidos, as mudanças não impactam os processos regulares de imigração. “Os Estados Unidos são muito receptivos para os imigrantes qualificados, pois sabemos que há um déficit muito alto de profissionais nas mais variadas áreas, tais como saúde, tecnologia, ciência e energia. Com uma economia tão pujante, o mercado de trabalho está sempre em busca de novos talentos”, afirma.
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