Opinião: “A alma e o corpo de João Jacques num livro essencial”

Crônica do jornalista Roberto Maciel, editor do portal InvestNE:

Quando eu era menino, menino mesmo, via entre os livros do meu pai um que me chamava especial atenção: “Alma em Corpo Oito” (acima). Aquilo me intrigava muitíssimo. Do alto dos meus 10 anos, ignorava completamente o que significava corpo 8 – de todo modo, também não sabia, como ainda não sei se sei, o que significa alma.

A capa tinha o bom gosto de Floriano Martins, artista plástico que marca bons anos da pintura no Ceará, também atuante nas artes gráficas.

Nunca li o livro, nem sei o porquê, já que meu pai e minha mãe sempre franquearam a mim e aos meus irmãos, quase como dogma de fé deles, acesso ao saber.

Anos depois, eu iria trabalhar no mesmo jornal em que trabalhou o autor, João Jacques Ferreira Lopes (foto acima). Não fomos colegas no O Povo, o tempo não deixou, mas fiquei sabendo que ele era filho do maestro Henrique Jorge e da educadora Júlia Jorge e irmão do jornalista Paulo Sarasate, nome de proa da empresa, político que chegou a governador e senador.

Aqui e ali passava por mim, em incursões ao Departamento de Pesquisa, não mais do que isso, algum texto de João Jacques.

*** ***

Outro dia desses, remexendo em reminiscências, lembrei do “Alma em Corpo Oito”. Lembrei de como aquele título me impactava. Veio-me uma curiosidade pueril, até. Pois não é que o encontrei? Estava à venda num site de livros antigos, o Estante Virtual. Antes que algum aventureiro lançasse mão, comprei-o.

Estou adorando. São crônicas espetaculares, de sabor indescritível.

O menino de 1972 agradece o presente ao adulto de 2025, agora em corpo 11. 

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