Durante o período de chuvas no Ceará, os casos de rinite alérgica tendem a se agravar. Isso se deve ao fato de as precipitações frequentes aumentarem a umidade do ar, favorecendo a proliferação de ácaros e fungos, como o mofo, considerados os grandes vilões das alergias respiratórias.
De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), cerca de 30% da população no Brasil tem rinite alérgica, uma doença inflamatória das mucosas do nariz, que ocorre após exposição a substâncias consideradas estranhas pelo organismo. “Pode ser poeira, fumaça, fortes odores, fuligem, ácaros ou fungos”, explica o otorrinolaringologista Eduardo Younes, da Hapvida NotreDame Intermédica.
Segundo o médico, os principais sintomas da doença são espirros contínuos, coceira no nariz e nos olhos, coriza e obstrução nasal. Para tratar esse quadro, Younes orienta que as pessoas evitem a automedicação. “A doença deve ser acompanhada por um médico otorrinolaringologista, tanto em caráter ambulatorial e preventivo quanto em crises mais agudas. Existem medicamentos tópicos nasais, orais e até intramusculares, porém devem ser usados sempre sob orientação médica”.
Embora não seja uma enfermidade grave, a rinite pode evoluir para um problema mais sério, caso não tenha um tratamento adequado. “Pode se tornar uma rinossinusite, o que faz o tratamento mudar, acrescentando a necessidade de uso de antibiótico após uma avaliação médica”, observa o especialista.
Para diminuir as crises da doença, o otorrinolaringologista recomenda lavar o nariz diariamente com soro fisiológico e adotar medidas de controle de ambiente, como limpar adequadamente a casa e arejar os ambientes. “Buscar manter sempre aparelhos de ar-condicionado com uma manutenção bem feita periodicamente também é uma dica importante seja em casa, no carro, no trabalho ou na escola”, completa.