O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,8% no primeiro trimestre de 2024, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta, segundo os analistas, foi impulsionada principalmente pelo bom desempenho do setor de Serviços, que registrou elevação de 1,4% nos três primeiros meses do ano. Ainda de acordo com o IBGE, a economia brasileira acumulou R$ 2,7 trilhões no período.
Cid Alves, presidente do CDE do Sebrae/CE
Para o presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima, a contribuição dos pequenos negócios tem sido decisiva para o bom resultado da economia. “As micro e pequenas empresas de Serviços e Comércio, em especial, têm tido um papel significativo no momento positivo que o país vive. Tanto no fortalecimento do PIB, como é o caso do Comércio, que teve um avanço de 3%, como na geração de novos postos de trabalho, em que os pequenos negócios continuam liderando na criação de empregos”.
A recomposição do poder de compra das famílias e a retomada do crédito graças aos programas Desenrola e Acredita, este último voltado às micro e pequenas empresas, são aspectos importantes que ajudam a explicar o crescimento do PIB, assegura o dirigente. “Já alcançamos a marca de R$ 1 bilhão de crédito, que foi viabilizado dentro do programa Acredita graças ao Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), administrado pelo Sebrae. Nossa meta é viabilizar R$ 30 bilhões em crédito nos próximos três anos”, acrescenta Décio Lima.
O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/CE e vice-presidente da Fecomércio Ceará, Cid Alves, também credita o crescimento do PIB às ações que possibilitaram a retomada do poder de compra das famílias brasileiras, como o Desenrola e o Acredita. ” O papel do Sebrae, disponibilizando o Fundo de Aval para os pequenos negócios foi fundamental neste processo”.
Cid destacou que esse resultado positivo dos setores de Comércio e Serviços também deve contribuir para o crescimento dos outros setores da economia. “Mais uma vez os setores de Comércio e Serviço fizeram com que a economia fosse alavancada e gerasse esse número positivo, o que é muito bom para todos, para as famílias e para as empresas, que consequentemente geram mais empregos. O crescimento do Comércio e Serviço estimula o crescimento da Indústria e obviamente a partir desse segundo semestre deveremos ter também uma grande retomada do setor Agropecuário”.
Em relação ao primeiro trimestre de 2023, a economia brasileira teve um crescimento de 2,5%, também como uma forte contribuição do setor de Serviços. Em todo o ano passado, o PIB cresceu 2,9% e somou R$ 10,9 trilhões em termos nominais, o que recolocou o país no grupo das 10 maiores economias do mundo.