Presidente da CNI diz que quer dialogar para aumentar a lista de exceções de Trump aos produtos brasileiros

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, se reuniu em Washington (EUA) com a embaixadora do Brasil nos Estados Unidos, Maria Luiza Viotti, para discutir frentes de atuação do setor privado nas negociações que buscam reverter as tarifas impostas pelo governo norte-americano a produtos brasileiros. O dirigente destacou que a instituição está empenhada em contribuir com as negociações por meio do diálogo e que buscará aumentar a lista de exceções às sobretaxas.

“Nosso objetivo com essa missão é marcar uma posição firme e contundente, dando a nossa versão, a versão do setor privado sobre a importância de uma negociação que leve à reversão das tarifas”, explicou Alban. “Queremos que esse diálogo seja feito nos termos comerciais e econômicos e de forma racional e técnica, e vamos dar todos os elementos que a embaixada já tem de demanda de empresas brasileiras, somadas às demandas que estamos trazendo com as empresas que participam da missão conosco, para que a partir de amanhã possamos realmente começar a ter reuniões objetivas”, completou.

O encontro com a embaixadora foi a primeira de uma série de agendas que a comitiva empresarial liderada pela CNI terá até a próxima quinta-feira (4) na capital dos EUA. Participaram da reunião dirigentes das federações das indústrias de Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo (FIESP), e o embaixador Roberto Azevêdo, que representará a CNI na audiência pública desta quarta-feira (3) no Escritório de Representação Comercial dos Estados Unidos, com base na Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA. A comitiva empresarial que participa da missão tem cerca de 130 integrantes.

“Nós ouvimos a percepção da embaixadora sobre como ela está vendo esse momento aqui nos Estados Unidos, trocamos ideias e fizemos alguns alinhamentos em relação à missão. Nos próximos dias, promoveremos reuniões bilaterais com empresas e autoridades do governo norte-americano para tratar do tarifaço”, detalhou Alban.

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