O primeiro sistema do Projeto Malha D’água, da Cagece, iniciou operação assistida da Estação de Tratamento de Água (ETA) com captação no açude Banabuiú, e testes nas adutoras do Setor 01. A fase experimental tem duração prevista de quatro meses, já os testes das adutoras devem ser concluídos ainda neste mês de julho. Após essa etapa, será possível iniciar o abastecimento dos municípios de Banabuiú, Jaguaretama e Solonópole, além dos distritos de Laranjeiras (em Banabuiú) e Cangati (em Solonópole).
O engenheiro da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) Raul Tigre explica que durante a fase de operação assistida, a ETA é submetida a testes em condições reais de operação, permitindo a verificação do desempenho dos sistemas, a realização dos ajustes necessários e a correção de eventuais pendências. “Essa etapa é fundamental para assegurar que todas as unidades estejam funcionando adequadamente e seguindo os requisitos contratuais antes da entrega definitiva do sistema”, explica.
A Cagece será responsável pela operação do sistema e, hoje, atua por meio de um Acordo de Cooperação Técnica firmado com a Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH). Além disso, a companhia é responsável pela fiscalização das obras. “Essa atuação visa garantir que as obras e instalações sejam executadas de acordo com os requisitos técnicos, contratuais e operacionais necessários para a futura operação do sistema”, complementa Tigre. O engenheiro acrescenta que a operação plena pela companhia deve iniciar após a conclusão da fase de funcionamento experimental e a entrega oficial do sistema.
Para a companhia passar a operar o sistema, os operadores de ETAs, colaboradores da manutenção eletromecânica e supervisores de operação da Unidade de Negócio Bacia do Banabuiú (UNBBA) da Cagece receberam treinamento. A gerente da UNBBA, Annaulhya Silveira, explica que o Malha D’água é a concretização de um sonho, fundamental para garantir o acesso à água tratada para milhares de pessoas.
“Com investimento de mais de R$ 600 milhões, o projeto não só vai melhorar a qualidade de vida da população, mas também reduzir a vulnerabilidade das captações de água em períodos de seca, como a que nós passamos nos últimos dez anos. É um passo importante para o desenvolvimento sustentável e para a garantia de um futuro melhor para as nossas comunidades”, acrescenta.