Por Roberto Maciel, jornalista, editor do portal InvestNE:
A deputada Carla Zambelli foi às redes sociais pedir dinheiro. Quer amparo para pagar as multas que a Justiça está lhe aplicando pela fieira de delitos que cometeu. Mas, de pires na mão, não é uma coitadinha. É uma ex-funcionária da poderosa consultoria internacional KPMG (pelo menos é assim que se apresenta no site da Câmara federal) e diz que é escritora. Apregoa também que tem cursos de pós-graduação.
Tem salário, como parlamentar, de R$ 46.366,19. É casada com um secretário estratégico da gestão do prefeito Naumi Amorim, de Caucaia, o coronel PM Aginaldo de Oliveira, titular de pasta de Segurança Pública.
Ou seja, reforçando o que escrevemos acima, Carla Zambelli não é uma coitadinha. Mas é.
Você, bolsonarista desgarrado que lê este despretensioso artigo, responda, por obséquio, se vai auxiliar quem empurrou para o fundo do esgoto a candidatura de Jair Bolsonaro em 2022, fazendo com que o “mito” tivesse de dar um golpe de estado, que resou frustrado?
É pouco provável que a extrema-direita vá fazer pix para quem carrega, além de uma pistola para apontar contra homens negros desarmados, atirou com um ato criminoso contra o peito do líder. Carla foi mais eficiente do que Adélio, digamos assim, admitindo que a facada em 2018 não foi fake.
Entendamos juntos: a mulher invade sistemas de informática da Justiça, ameaça matar um homem, espalha mentiras nas redes sociais, tenta estimular militares a um golpe de estado, põe no triturador o plano de reeleição do chefe e o faz dar o tal golpe e ainda quer apurar dinheiro.
Tenha santa paciência! Nem Sérgio Moro, que foi padrinho do casamento dela, é capaz de dar-lhe um tostão furado.