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Roberto Maciel: “Google se veste de verde e amarelo: pátria acima de tudo, menos da ganância do Trump e do desespero do Bolsonaro”

Por Roberto Maciel, jornalista, editor do portal InvestNE:

O Google é uma megaempresa da Internet. É o que se chama de “big tech” – grande da tecnologia, pode-se definir assim.

É uma das marcas que Donald Trump usa como escudo, à revelia delas ou não, para atacar numa guerra inovadora e, como as outras, com potencial de alta letalidade outros países. O Brasil está na mira, sabemos todos.

Neste 7 de setembro, assim como os manipulados que estão nas ruas exigindo anistia para Jair Bolsonaro, o criminoso que tentou sequestrar a Democracia brasileira, o Google apelou para o verde e o amarelo da bandeira nacional à guisa de manifestar “apoio” à nossa pátria. Tá bom!

Copio e colo abaixo panorama traçado ainda em 29 de novembro de 2024 pelo site The Intercept, com texto de Malcolm Harris:

O Vale do Silício, nos EUA, aderiu a Donald Trump e sua corrente política, MAGA, “Make America Great Again” (Torne a América Grande Novamente).

O vice-presidente eleito, J.D. Vance, do Partido Republicano, é um ex-investidor de capital de risco que tem profundos vínculos com o meio tecnológico conservador, e sua escolha incentivou vários nomes importantes do setor a declararem apoio a Trump. Inicialmente, Elon Musk havia prometido centenas de milhões de dólares em apoio à campanha, antes de pensar melhor e lançar um site potencialmente fraudulento de registro de eleitores, posteriormente validado pela justiça, e coletar dados para a campanha de Trump. Outros, como os investidores Marc Andreessen e David Sacks, também se comprometeram plenamente”.

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Essa é só a abertura do texto de Harris, que merece leitura completa por quem cai na cantilena de que Trump está agredindo outras nações numa empreitada por uma atividade econômica estratégica para os Estados Unidos.

Trata-se, na verdade, do pagamento de uma fatura nas eleições passadas nos EUA e que, certamente esperam os mandantes e executores da escaramuça, se repetirá nas eleições de meio de mandato, a se realizarem em 2026.

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Vamos ler mais uma parcela do texto:

(…) Em meio à atenção que Vance e sua claque da região de São Francisco vêm recebendo, a imprensa deixou passar uma coisa importante: Trump não apenas atrai bilionários de tecnologia, ele também é um deles.

O começo da campanha de Trump em 2016 deve agradecimentos relevantes ao conservador magnata da tecnologia Peter Thiel, ex-aluno da Universidade de Stanford, na Califórnia, que fez uma aposta aparentemente peculiar ao apoiar o ex-astro de reality shows. Durante seu tempo em Stanford, Thiel era um conservador questionador, um estudante universitário em meio à enorme conspiração de direita que depois Hillary Clinton acusou (com razão) de tentar derrubar seu marido. À medida que foi galgando degraus no mundo das empresas de tecnologia, Thiel levou junto sua rede centrada em Stanford. Depois de enriquecer com o PayPal, Thiel conseguiu assento nos conselhos de administração do Facebook e da Instituição Hoover, sendo que esta serviu de plataforma para suas teorias políticas.

‘Trump foi um investimento de longo prazo do tipo que os investidores do Vale do Silício apreciam, e Thiel tirou a sorte grande.’

Trump foi um investimento de longo prazo do tipo que os investidores do Vale do Silício apreciam, e Thiel tirou a sorte grande. Ele conseguiu espaço de fala na Convenção Nacional do Partido Republicano, mas mais importante, ele organizou uma reunião entre Trump e os maiores nomes do Vale do Silício. Desde essa reunião com Trump, as empresas do Vale do Silício foram avançando lentamente no papel de principais contratadas do governo, algo que até então pertencia a empresas como Verizon e Boeing.

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Fiquemos alertas: o que as big techs estão fazendo nos EUA e contra o Brasil pode se repetir no Brasil e contra o Brasil. É uma receita que vem dando certo, mas que pode ser frustrada pelas reações corretas de todos os países que estão sendo prejudicados pela insanidade econômica, comercial e bélica de Donald Trump.

E pode apostar que entre essas tais “reações corretas” está uma que cabe aos brasileiros e que já deve vir na próxima semana: determinar jaula para Bolsonaro e demais facínoras.

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