A Sudene aprovou a liberação de R$ 94,2 milhões em parcelas de financiamento já contratados pelo Fundo de Desenvolvimento do Nordeste. Desse total, R$ 57,1 milhões foram para a Elawan Eólica Passagem, instalada no Rio Grande do Norte, e R$ 34,1 milhões para seis parques do Complexo Eólico do Seridó, localizado na Paraíba. Esses empreendimentos se integram aos objetivos de promoção do desenvolvimento regional, com destaque para a transição energética.
“O Nordeste é responsável pela produção de 83% da energia renovável do Brasil e o FDNE tem um papel importante na atração das empresas para a região. Nos últimos anos, quase que a totalidade dos recursos do fundo foi destinada ao financiamento de implantação de parques de energia solar e eólica”, afirmou o superintendente Danilo Cabral. Ele frisou que o Fundo é administrado pela Sudene e operado por instituições financeiras parceiras.
A empresa Elawan Eólica Passagem terá um investimento de R$ 366,9 milhões para a instalação do parque no município de Santana dos Matos. O financiamento total do FDNE, operado pelo Banco do Brasil, é de R$ 220 milhões e esta foi a segunda parcela liberada. A primeira liberação, de R$ 82 milhões, ocorreu no ano passado. A potência instalada é de 51.300 quilowatts.
Já a liberação de recursos para o Complexo Eólico Serra do Seridó, pertencente à EDF Renewables, foi destinada para as unidades II, III, IV, VI, VII e IX. O projeto terá um investimento de R$ 1 bilhão, dos quais R$ 288 milhões são de participação do FDNE, também com operação do Banco do Brasil. No total, já foram liberados R$ 209,6 milhões.
O Complexo do Seridó, composto por 12 parques eólicos, entrou em operação em julho do ano passado e tem capacidade total instalada de 480 MW. Vale ressaltar que o FDNE financia seis unidades localizadas no município de Junco do Seridó. Durante a fase de implantação, foram gerados 900 empregos diretos e indiretos.
O diretor de Gestão de Fundos e Incentivos Fiscais da Sudene, Heitor Freire, falou sobre a importância do FDNE para o desenvolvimento regional. “Esse é um importante instrumento para a atração de investimentos para os 11 estados da área de atuação da instituição, com taxas bastante atrativas. Para 2024, há a disponibilidade de R$ 1,1 bilhão”, disse.