The Intercept: “Eduardo Bolsonaro quer vender o Brasil”

Do site The Intercept:

O que pode ser mais revoltante do que ver um partido usar dinheiro público para fortalecer articulações internacionais contra o próprio país? É exatamente isso que nossa investigação revelou sobre o PL de Jair Bolsonaro.

Enquanto você pagava impostos, o PL pagou R$ 600 mil em recursos do fundão ao advogado Sérgio Sant’Ana — sócio de Eduardo Bolsonaro e apelidado de “chanceler do bolsonarismo” (fotos abaixo). Enquanto recebia esse valor, Sant’Ana atuava lado a lado com Eduardo em articulações com a extrema direita dos EUA.

O objetivo? Salvar o pai da prisão, mesmo que custasse a soberania do Brasil.

A investigação do Intercept pode ajudar a colocar Eduardo Bolsonaro atrás das grades, mas sem o apoio de nossos leitores, corremos risco de engavetar mais reportagens como essa, essenciais para frear a rede internacional da extrema direita.

Esse trabalho jornalístico necessita de recursos, acesso a registros e uma defesa jurídica robusta contra quem tenta nos calar.

Bolsonaro foi condenado no STF, mas não podemos negar que Eduardo conseguiu muita coisa: Trump aplicou tarifas abusivas contra produtos brasileiros, impôs sanções pela Lei Magnitsky e até suspendeu vistos de funcionários públicos.

A mídia tradicional chama isso de “crise diplomática”. Nós mostramos o que realmente é: uma operação internacional de golpismo, financiada com dinheiro público brasileiro, que ameaça nossa democracia e nossa economia.

Eduardo Bolsonaro já escolheu o seu posicionamento: ser vassalo de Trump. Agora é a sua vez: vai ficar de braços cruzados enquanto ele vende o nosso país para os EUA?

Agora, o mesmo deputado que ajudou Trump a sufocar o Brasil com tarifas e sanções foi indicado para assumir a liderança da Minoria na Câmara.

Mesmo conspirando nos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro segue blindado pelo PL e tratado como herói por quem chama de “perseguição política” o que, na verdade, é uma cobrança justa por seus crimes.

A oposição já anunciou que vai à Justiça para barrar a indicação. Mas se depender da cobertura da mídia tradicional, Eduardo será premiado com ainda mais poder e dinheiro público dentro do Congresso.