Do site The Intercept:
Em meio ao julgamento de Bolsonaro, a rede social Kwai incentivou seus usuários a publicarem mentiras sobre o STF em troca de engajamento.
Dias depois, a Meta (dona do Facebook, Instagram e Whatsapp) derrubou uma postagem patrocinada do Intercept, alegando “violação das Políticas de Publicidade e os Padrões da Comunidade”.
Na postagem em questão, nós denunciamos as ameaças de morte que grupos pró-Bolsonaro fizeram ao nosso editor, que revelou o paradeiro de um dos golpistas do 8 de janeiro e o colocou na mira do STF.
Eles não fazem mais questão de esconder: está escancarada a aliança entre as big techs e a extrema direita para formar verdadeiros terroristas — e lucrar muito atacando a democracia.
Josiel Gomes de Macedo, o patriota que quebrou a tornozeleira e fugiu para a Argentina, onde nós o encontramos, é o exemplo perfeito disso. Muito ativo no Kwai, ele chegou a compartilhar vídeos de si mesmo participando da tentativa de golpe.
Inflamado pelas conspirações que correm soltas nas redes, também incendiou uma viatura da polícia legislativa e comprou equipamentos militares para seus parceiros nos acampamentos. Assim como o “Tiu França”, que se explodiu em frente ao STF, e tantos outros presos nos atos antidemocráticos, Josiel saiu de extremista da internet para criminoso do mundo real.
Do outro lado desse terreno fértil para as teorias da conspiração, vem esse ataque sistemático ao alcance do jornalismo independente, mostrando o claro viés político dessas plataformas, que nos impede de competir em pé de igualdade com as fake news da extrema direita.
Eles querem cada vez mais pessoas afundadas em desinformação, e como o Brasil é o segundo país que mais usa redes sociais, eles podem conseguir. Por isso não podemos parar!
Com Bolsonaro espalhando a história dos “golpistas coitadinhos” para se livrar da condenação, expor essa turma é mais importante do que nunca
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