Por Roberto Maciel, jornalista:
Imigrantes irregulares nos Estados Unidos estão sob um peso medonho. Esse peso se chama U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE), sigla que se traduz como “Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos”. Esse pessoal é grosseiro que não é brincadeira. Prende quem não tem passaporte, arrebenta e manda, por ordem do presidente de lá, Donald Trump, para uma prisão em El Salvador, onde um fascista subalterno se abancou no poder. Não são nada polidos, sobretudo com latinos.
O cerco do ICE contra quem está nos Estados Unidos sem visto, ou trabalhando irregularmente, é cada vez mais violento. Os agentes desse serviço estão trabalhando agora mascarados, além de fortemente armados. A falta de transparência nas operações é travestida de “prudência” e “segurança” – dueto com o qual a turma de Trump alega que se protege de retaliações.
O fato é que o serviço e seus “macacos” – como cangaceiros chamavam os policiais que os perseguiam – fazem exatamente o que Donald Trump manda.
Ninguém se espante, então, se alguns personagens inexpressivos em qualquer análise moral toparem com o ICE. Refiro-me ao deputado federal de São Paulo Eduardo Bolsonaro (PL), ao “sabe-se lá o quê” Paulo Figueiredo, cuja única referência confiável é a de que é neto de um ditador que oprimiu o Brasil no fim do regime de exceção dos anos 1964-1986, e um arruaceiro chamado Allan dos Santos.
Eduardo e Paulo se homiziaram nos Estados Unidos para, de lá, tramarem um golpe de estado contra os brasileiros – queriam destruir a Democracia e voltar liderando o País e controlando muito, muito dinheiro. Allan está mais para pobre-coitado boquirroto – agressivo, gritalhão, especializou-se em dirigir de lá ofensas a autoridades de cá.
Contra Allan já há mandado de prisão. Contra Eduardo, filho 03 de Jair Bolsonaro, e Paulo Figueiredo ainda não, mas nada é favorável a nenhum dos dois no cenário da Justiça. Pelo sim, pelo não, é legítimo supor que Trump, se derramando em salamaleques para os lados de Lula, possa achar ser uma boa ideia entregar os três de bandeja para a lei no Brasil.
Seria algo não só interessante no campo das relações internacionais, mas também engraçado. Faz-nos lembrar de discurso da ex-deputada (ex-bolsonarista) Joyce Hasselmann. Com ironia, ela meio que previu o fim de gente daquele naipe.
Joyce fez uma manifestação que virou meme. Só não achou que poderia servir às mãos geladas mãos do ICE.

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