Agência Einstein: “Dormir menos do que o necessário afeta o humor e piora a ansiedade”

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Da Agência Einstein, com texto de Fernanda Bassette:

Dormir menos horas do que o necessário não nos deixa apenas cansados no dia seguinte: a privação de sono pode aumentar a ansiedade, piorar o humor e alterar todo o funcionamento emocional. A conclusão é de um estudo publicado no periódico Psychological Bulletin, da American Psychological Association. 

Para chegar aos resultados, os pesquisadores analisaram mais de 50 anos de pesquisa sobre privação de sono e humor. Ao todo, a revisão sistemática incluiu 154 estudos, envolvendo 5.715 participantes. Em todos esses trabalhos, os autores interromperam o sono dos participantes por uma ou mais noites para avaliar o impacto da privação do sono no afeto positivo ou negativo, nos distúrbios gerais de humor, na reatividade emocional e nos sintomas de ansiedade e depressão. 

Cada estudo também avaliou pelo menos uma variável relacionada à emoção após essas manipulações do período do sono — entre elas, o humor autorrelatado e a resposta dos participantes aos sintomas de depressão e ansiedade. 

Dormir o suficiente 

De acordo com a neurologista Letícia Soster, do Grupo Médico Assistencial do Sono do Hospital Israelita Albert Einstein, não existe uma quantidade específica de horas a serem dormidas, já que isso pode variar entre as pessoas. “Dormir suficiente é a quantidade de tempo que a pessoa dorme e se sente bem no dia seguinte. Geralmente, é uma média entre 7h e 8h, mas varia bastante”, explica Soster, que acrescenta: “E a pessoa não pode se basear em uma única noite.” 

A primeira coisa a ser afetada com a perda de sono é o humor: alguém que dorme mal acorda mais mal-humorado, irritado e com tendência a ter emoções negativas. “Uma alteração de humor constante pode ser vista e percebida, assim como questões de memória. As pessoas estão se esquecendo de coisas com mais facilidade porque a atenção é mais um item que fica comprometido quando estamos em privação de sono, seja ela total ou parcial”, observa Soster.  

A orientação, segundo ela, é reconhecer a necessidade de dormir e respeitar a quantidade ideal para cada um. “O sono não é algo que pode ser deixado para depois”, afirma.

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