O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como prévia da inflação oficial, perdeu força no mês de março e ficou em 0,36%. Isso representa menos da metade do apurado em fevereiro (0,78%). Os preços de alimentos e a gasolina foram os que mais pressionaram o índice. O dado foi divulgado nesta terça-feira (26.3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado fica abaixo também de março de 2023, quando somou 0,69%. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula 4,14%, abaixo dos 4,49% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, cinco registraram alta em março, com destaque para alimentação e bebidas, que subiu 0,91%. Isso representou impacto de 0,19 ponto percentual, ou seja, praticamente metade da prévia inflacionária de março. Dentro desse grupo, a alimentação no domicílio subiu 1,04% em março. Contribuíram para as altas a cebola (16,64%), o ovo de galinha (6,24%), as frutas (5,81%) e o leite longa vida (3,66%). Outros itens apresentaram queda, como a batata inglesa (-9,87%), cenoura (-6,10%) e o óleo de soja (-3,19%). A alimentação fora do domicílio acelerou 0,59% em relação a fevereiro (0,48%), em virtude da alta mais intensa da refeição (de 0,35% em fevereiro para 0,76% em março). Gasolina O grupo transportes teve aceleração de 0,43%, influenciado principalmente pelo aumento de 2,39% no preço da gasolina. Sendo o produto com maior peso na cesta de consumo dos brasileiros, a gasolina acabou representando também o maior impacto individual na prévia inflacionária de março, respondendo por 0,12 ponto percentual do índice. Em relação a outros combustíveis, houve alta no preço do etanol (4,27%), enquanto o gás veicular (-2,07%) e o óleo diesel (-0,15%) registraram queda. O item que mais colaborou individualmente para segurar a inflação foram as passagens aéreas, que recuaram 9,08% em março. Os outros grupos com alta foram habitação (0,19%), saúde e cuidados pessoais (0,61%) e educação (0,14%). Na outra ponta, apresentaram quedas artigos de residência (-0,58%), vestuário (-0,22%), despesas pessoais (-0,07%) e comunicação (0,04%). Belém O levantamento de preços do IBGE é feito em 11 localidades: regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. Dessas, a maior elevação ficou em Belém, com quase o dobro da média nacional, 0,74%. Segundo o IBGE, os fatores que mais pressionaram o bolso dos paraenses foram a gasolina (1,96%) e o açaí, que subiu 18,87%. O resultado fechado da inflação oficial de março (IPCA) será divulgado no dia 10 de abril.
Nordeste ultrapassa 5,1 gigawatts de potencial energético produzido em telhados, terrenos e fachadas
Estados do Nordeste avançam de forma expressiva na geração própria de energia solar. Segundo mapeamento do Meu Financiamento Solar, maior plataforma de aquisição de créditos de energia solar do País, a região acaba de ultrapassar a marca de 5,1 gigawatts de potência instalada nos telhados, fachadas e pequenos terrenos. Segundo o estudo, feito com base nos balanços oficiais da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), os investimentos acumulados desde 2012 na área somam mais de R$ 25,8 bilhões na região. Com o avanço do uso da energia solar em residências, empresas e propriedades rurais, o setor já gerou mais de 155 mil empregos diretos e indiretos em todos os estados nordestinos. Atualmente, são mais de 487 mil sistemas fotovoltaicos instados em telhados, fachadas e pequenos terrenos na região (veja ranking abaixo). O crescimento e o futuro da energia solar no Nordeste e no País serão debatidos durante a Intersolar Summit Nordeste, que acontece entre os dias 10 e 11 de abril, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza (CE). O Meu Financiamento Solar estará presente na feira e vai apresentar as soluções financeiras para apoiar o desenvolvimento de novos projetos fotovoltaicos na região e no País, incluindo produtos para aquisição combinada de painéis solares com carregadores de veículos elétricos, entre outros. Segundo Carolina Reis, diretora do Meu Financiamento Solar, a proposta da empresa é facilitar e ampliar o acesso à tecnologia solar e aos carregadores de veículos elétricos a todos os consumidores, com um serviço 100% digital e sem burocracia. “O desenvolvimento de soluções é o pilar principal do DNA da empresa, que tem como foco se adaptar às tendências do mercado, a fim de facilitar o acesso a energia solar no País”, comenta Carolina. Ranking: geração própria de energia solar no Nordeste Estados Número de Sistemas Potência Instalada (MW) Empregos gerados Investimentos em R$ BA 130.408 1.179,8 35.395 5.887.858.420,3 CE 73.556 833,8 25.014 4.183.310.396,2 PE 73.257 800,4 24.013 3.992.868.702,5 RN 56.431 560,7 16.822 2.823.908.455,5 MA 43.983 548,3 16.448 2.720.168.819,4 PI 45.982 461,7 13.850 2.322.313.356,4 PB 27.164 354,9 10.648 1.800.163.134,8 AL 24.512 278,0 8.341 1.345.942.240,7 SE 12.143 159,6 4.788 790.514.432,1 Total 487.436 5.177,3 155.319 25.867.047.957,9 Serviço: Meu Financiamento Solar na Intersolar Summit NordesteDatas: 10 e 11 de abrilHorário: das 11h às 19hLocal: Centro de Eventos do Ceará – FortalezaAv. Washington Soares, 999 – Edson Queiroz, Fortaleza – CE
Setor de insumos para construção civil deve crescer mais de 20% até o fim de 2027
O segmento de insumos para a construção civil deve crescer em média 6% ao ano e chegar ao fim de 2027 com aumento de mais de 20% no faturamento, movimentando anualmente cerca de R$ 270 bilhões. É o que aponta estudo de mercado da Redirection International, assessoria de fusões e aquisições, realizado a partir de modelos econométricos e dados oficiais de investimento da construção civil previstos para o período. O faturamento do setor em 2023 foi de R$ 222,8 bilhões. O economista Gabriel Loest Cardoso, sócio da Redirection International e um dos responsáveis pelo estudo, ressalta que se essa taxa de crescimento se concretizar, será 50% maior do que a média global esperada para os próximos anos, que é de aproximadamente 4% ao ano. “Apesar de ter registrado uma redução real de 2,8% no faturamento no ano passado em relação a 2022, segundo informações da Anamaco, o mercado de insumos para a construção civil ainda segue otimista e 62% dos empresários pretendem investir ao longo de 2024, de acordo com a sondagem realizada pela ABRAMAT no início do ano”, explica o economista. “Além disso, após dois anos consecutivos de queda na demanda, a indústria de cimento espera retomar o crescimento neste ano também”, complementa. Entre os fatores que devem impulsionar o segmento estão a redução na taxa de juros e menor volatilidade nos preços de produtos, a expectativa de crescimento da indústria de construção civil, crescimento do setor imobiliário com projeção de aumento no volume de crédito e o fortalecimento de políticas públicas de moradia popular como o Minha Casa Minha Vida, PAC, Casa Paulista, Pode Entrar e Casa Fácil Paraná, por exemplo. Além disso, tendências como construção ecológica, eficiência energética e reformas devem ajudar a fortalecer esta alta. O estudo aponta ainda que a retomada do setor pode impulsionar as atividades de fusões e aquisições que, de um modo geral têm sido mais desafiadoras no setor nos últimos anos, em função das características da indústria como baixas margens e baixas barreiras à entrada e facilidade na substituição de produtos. Porém, alguns subsetores do ramo de insumos para a construção civil como a indústria intermediária, com produtos de maior valor agregado, apresentam um grande potencial com estrutura de consolidação verificada. Gabriel Loest Cardoso destaca que o mercado já tem observado uma atividade mais intensa de operações envolvendo a indústria de argamassas, tintas, adesivos, selantes e soluções químicas para a construção civil, inclusive com players globais buscando entrar no mercado brasileiro. “Enxergamos que grandes players estão diversificando para atuar tanto na indústria intermediária quanto em bens de consumo. Algumas transações já foram realizadas e eles continuam ativos à procura de incrementar suas participações em território nacional, como por exemplo a Sika, a Saint-Gobain e a Votorantim. Empresas com proximidade com grande mercado consumidor, sólida governança e novas tecnologias para formulação de produtos são bons alvos para as consolidadoras do mercado. O posicionamento geográfico possibilita trabalhar a competitividade por meio de fusões e aquisições, já que a regionalização é um fator importante na relação insumos-indústria e o que em geral incentiva esse tipo de operação”, afirma Gabriel Loest Cardoso.
Como escolher os chocolates mais saudáveis na Páscoa?
Será mesmo possível escolher um chocolate para comer na Páscoa sem culpa de descuidar da saúde? A ajuda em boa hora vem de Thays Klein Pegoraro, nutricionista da Hapvida NotreDame Intermédica, que revela alguns segredinhos para que o consumidor acerte na hora de escolher a melhor opção. “Quanto maior a concentração de cacau no chocolate, melhor para a saúde. O detalhe está na menor incidência de açúcar e de gordura saturada. O produto que apresenta a partir de 60% de cacau já é considerado muito bom e, quanto maior a porcentagem, menor será o impacto do consumo no organismo”, explica. Leia o rótulo A primeira dica da especialista é observar as informações nutricionais contidas na parte menos vista da embalagem: a de trás. “Nesse espaço, encontram-se detalhes cruciais que podem auxiliar a escolha do seu próximo chocolate. Dados nutricionais, calorias, carboidratos, proteínas, gorduras e outras informações são essenciais, sobretudo para quem segue dietas rigorosas. Referências sobre alergênicos, intolerâncias, presença de glúten e leite são extremamente importantes”, alerta. Lista de ingredientes Pouca gente sabe, mas, no quesito ‘lista de ingredientes’, a ordem dos fatores altera sim o produto, já que revela uma ordem crescente de qualidade. “O ideal é que o cacau seja um dos primeiros listados, pois isso diz muito sobre o chocolate. Por exemplo, se o açúcar for o primeiro dos itens, significa que o chocolate será bastante doce. Por essa lista, também é possível descobrir se o produto derreterá lentamente e grudará no céu da boca, caso contenha gordura hidrogenada, pontua. Benefícios saborosos A nutricionista explica que o chocolate ajuda a prevenir problemas cardiovasculares, como aterosclerose, infarto e derrame cerebral, por ser rico em antioxidantes. Suas propriedades vasodilatadoras melhoram a circulação sanguínea e ajudam a diminuir a pressão arterial. O consumo moderado pode ajudar a desacelerar o processo de perda cognitiva e estimular a memória. O chocolate puro ou meio amargo estimula a produção de endorfinas e aumenta os níveis de serotonina no corpo, uma substância com propriedades antidepressivas naturais. “Além disso, ele possui boas quantidades de calorias e é um excelente suplemento nutricional para pessoas que praticam treinos intensos. No entanto, o chocolate deve ser apreciado com moderação, mesmo por pessoas saudáveis, pois é rico em açúcar, gordura e calorias. O consumo excessivo pode causar distúrbios gastrointestinais, como diarreia, náusea e má digestão, principalmente em crianças.” Sobre a Hapvida NotreDame Intermédica Com 78 anos de experiência a partir das aquisições durante sua história no país, a Hapvida NotreDame Intermédica é hoje a maior empresa de saúde e odontologia da América Latina. A companhia, que possui mais de 66 mil colaboradores, atende cerca de 15,9 milhões de beneficiários de saúde e odontologia e tem à disposição a maior rede própria de atendimento com um sistema integrado que conecta as unidades das cinco regiões do país. Todo o aparato foi construído a partir de uma visão abrangente e integrada, voltada ao cuidado da saúde por meio de 87 hospitais, 77 prontos atendimentos, 331 clínicas médicas e 269 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, além de unidades especificamente voltadas ao cuidado preventivo e crônico. Dessa combinação de negócios, apoiada em qualidade médica e inovação, resulta uma empresa com os melhores recursos humanos e tecnológicos para os seus clientes.
Cobol: Por que uma linguagem dos anos 1960 ainda domina o setor bancário?
Você já se perguntou por que, com tantas novidades tecnológicas, algumas linguagens de programação antigas ainda são usadas? O Cobol (Common Business Oriented Language) é um exemplo disso. Desenvolvida pela IBM, RCA e Sylvania Eletric Produts em 1959 nos EUA para a criação de sistemas financeiros, a linguagem que sobrevive ao tempo foi a principal utilizada por governos e instituições financeiras. Porém, encontrar jovens profissionais que a dominem, no entanto, está cada vez mais escasso. Apesar do desafio, Nimrod Riftin, CEO da Belago Technologies, destaca que essa linguagem mantém sua relevância mesmo depois de décadas. A exemplo disso, os maiores bancos do país como Caixa, Banco do Brasil, Bradesco e Itaú, além de instituições globais como JPMorgan, Citigroup e Wells Fargo, utilizam da linguagem tech. Afinal, por que ele ainda é tão relevante? A resposta é simples: confiabilidade, escalabilidade e segurança. Uma pesquisa global da empresa de TI Micro Focus revelou que nove em cada 10 organizações ainda o utilizam, com base em entrevistas com mais de 1.000 profissionais de 49 países. Além disso, estima-se que entre 775 e 850 bilhões de linhas de código Cobol sejam usadas diariamente em todo o mundo. E não para por aí: Os aplicativos Cobol podem ser facilmente migrados para ambientes mais contemporâneos, como a nuvem, .NET e JVM, além de continuarem sendo suportados em plataformas tradicionais, como mainframes, Linux, UNIX e Windows. Para bancos, seguradoras e outras empresas, o Cobol continua em uso principalmente devido à sua longa presença nos sistemas existentes. Mudar completamente para outras linguagens seria uma tarefa complexa e custosa, devido a sua integração nos processos e infraestrutura de TI. No entanto, sua adoção nos dias atuais é limitada, especialmente com o surgimento de linguagens mais recentes, como Java e Python, que oferecem alternativas mais flexíveis e adaptáveis para as novas demandas tecnológicas. Atualmente, o mercado não dispõe de muitos desenvolvedores com habilidades em Cobol devido a sua natureza mais antiga e a diminuição do uso em novos projetos. Essa necessidade, combinada com a escassez de profissionais, cria oportunidades bem remuneradas. Os salários para programadores Cobol no Brasil podem atingir até R$24.000, com uma remuneração média de R$21.500. Os dados foram baseados em 28 salários coletados de forma confidencial no Glassdoor. “É uma área de atuação promissora para quem busca posição diferenciada no mercado de tecnologia”, comenta Nimrod Riftin. Apesar disso, o Cobol ainda é mantido por essas organizações, aproveitando sua compatibilidade com sistemas mainframe e a capacidade de funcionar em diversas plataformas, o que permite uma transição gradual para novas tecnologias, como a computação em nuvem.
Numa só canetada, Lava Jato destruiu empresas da construção civil e parte da economia nacional
Dez anos depois de sua primeira operação, a Lava Jato ainda é um fenômeno político-jurídico-econômico que vai demorar para ser compreendido. De “salvação da nação” a conversas ilegais vazadas, a força-tarefa levantou intensas discussões ao longo dos anos. Setor que mais foi punido em razão das irregularidades comprovadas por executivos, a construção civil está num caminho de recuperar o tempo perdido, principalmente depois do STF anular uma série de acordos e, consequentemente, o pagamento de multas. “Como o mercado da construção pós-Lava jato se tornou mais letárgico e as grandes empresas estavam impedidas de licitar com a Administração Pública, o governo lançou obras de menores dimensões, embora ainda importantes, propiciando a participação de pequenas e médias empresas. Ao que tudo indica, com a reabilitação das companhias anteriormente envolvidas com a Lava Jato, há espaço para a realização de obras mais complexas e de maiores dimensões. O setor da construção civil é importante para qualquer país, mas ganha maior relevo no Brasil, onde a infraestrutura é precária e está longe de oferecer condições que tornem o país apto a internalizar tecnologias mais modernas, incrementar a mobilidade e oferecer serviços essenciais de saúde e saneamento a todos”, analisa Rafael Marinangelo, mestre e doutor em Direito pela PUC/SP, com atuação do segmento da Construção e Logística e pós-Doutor em Direito pela da USP. Uma das críticas à operação é que ela deveria ter mirado os executivos das empreiteiras, e não as companhias como um todo. Essa visão é corroborada pelo especialista. “Ao atacar as empresas, impedindo-as de licitar com a Administração Pública, a Lava Jato acabou, com uma canetada, com estruturas empresariais imensas e jogou por terra toda a tecnologia criada e acumulada em décadas de exercício de serviços e obras de engenharia. Se essas empresas se envolveram em crimes de corrupção, bastaria punir os dirigentes responsáveis, preservando as pessoas jurídicas e os milhares de empregos que elas ofereciam. Para evitar novos desvios, poderiam ser instituídas rígidas regras de compliance e, até mesmo, algum tipo de controle das atividades pelo Ministério Público, evitando que suas atividades sofressem solução de continuidade”, opina Marinangelo. O especialista também pede cautela a respeito da crítica de que o mercado da construção civil é muito concentrado. “É preciso ter em conta que obras e serviços de engenharia são execuções complexas, altamente especializadas e de grande responsabilidade. Não é toda e qualquer empresa que está apta a executar determinados contratos. Sem a comprovação de experiência anterior, a empresa não pode ser contratada para determinados tipos de obra, sob pena de colocar em risco o projeto. Essa experiência acumulada é adquirida ao longo dos anos e, por isso, as grandes empresas de construção brasileiras, pela sua longevidade, acabam detendo um acervo técnico maior e mais diversificado, enquanto as empresas menores e mais jovens não o detêm”, explica. E afinal, o que mudou na mentalidade das empresas após o fim da Lava Jato? “As empresas investiram fortemente em programas de compliance e estão empenhadas em bem desenvolver suas atividades, sem os percalços pelos quais passaram à época da Lava Jato. Por isso, acredito que teremos um mercado mais maduro e consciente para os próximos anos”, opina o especialista.
Livro que documenta patrimônio edificado do Ceará será lançado amanhã (quarta, 27.3)
Resultado de pesquisa criteriosa, dos professores da Universidade Federal do Ceará Beatriz Helena Nogueira Diógenes e Romeu Duarte Júnior, estudiosos na área de patrimônio edificado, será lançado amanhã (27.3) o Guia dos Bens Tombados do Ceará. O livro é contribuição para a construção de uma memória bibliográfica do Ceará nessa área. Além dos textos sobre cada patrimônio, o leitor encontrará fotografias atuais, em ângulos que com fidelidade, fornecem a dimensão histórica e o valor arquitetônico dos bens retratados, registrados pelo fotógrafo e jornalista, Jarbas Oliveira. Será possível, ainda, apreciar as plantas arquitetônicas de cada um dos bens. Além da arquitetura tradicional de valor histórico-cultural encontrada nas cidades do Ceará, a publicação traz também exemplares do acervo da arquitetura rural em um primoroso projeto visual. Para Beatriz Diógenes e Romeu Duarte Júnior, o livro “é também uma ferramenta de empoderamento político na medida em que oferece informações a todos, principalmente a quem se interessa pela produção e preservação de nossa herança edificada, buscando o futuro no presente a partir da fundamental valorização do passado.” *LANÇAMENTO DO LIVRO “GUIA DOS BENS TOMBADOS DO CEARÁ”* Dia: 27.3, quarta-feira Horário: 19h Local: Fundação Waldemar – Rua Júlia Vasconcelos, 100, Pio XII Aberto ao público. Para saber mais: https://bit.ly/guiadosbens
Cagece funcionará em regime de plantão no feriado da Semana Santa
A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) funcionará em regime de plantão durante o feriado da Semana Santa, nesta sexta-feira (29), para manutenção das redes de água e de esgoto em Fortaleza e no interior do estado. As lojas da Cagece e os núcleos de atendimento estarão fechados nesta data. Assim, os clientes poderão ser atendidos nas lojas na terça (26), quarta (27) e quinta-feira (28). Nos núcleos, o atendimento será na terça (26) e quarta-feira (27). Todos os atendimentos presenciais serão retomados na segunda-feira (1°). O plantão nas unidades de negócio tem o objetivo de garantir o fornecimento de água e a prestação dos serviços de coleta de esgoto com normalidade durante o feriado. Os clientes que necessitarem de atendimento durante os feriados podem entrar em contato com a companhia pelos canais de atendimento disponíveis, como o Cagece APP (disponível para Android e iOS), a Central de Atendimento (0800 275 0195), disponível 24h por dia, ou por meio da Gesse, a assistente virtual da companhia, que atende pelo site www.cagece.com.br ou pelo aplicativo.
Salários de mulheres são 13,4% menores do que os de homens no Ceará, revela relatório do MTE
As mulheres ganham 13,4% a menos do que os homens no estado do Ceará. É o que aponta o 1º Relatório de Transparência Salarial já publicado no país com recorte de gênero. O documento, apresentado nesta segunda-feira, 25 de março, pelos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres, contém dados extraídos das informações enviadas pelas empresas com 100 ou mais funcionários — perfil exigido por lei para apresentar os dados para o Governo Federal. No total, 1.355 empresas cearenses responderam ao questionário. Juntas, elas somam 539,4 mil pessoas empregadas. A exigência do envio de dados atende à Lei nº 14.611, que dispõe sobre a Igualdade Salarial e Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens, sancionada pelo presidente Lula em julho de 2023. A diferença de remuneração entre mulheres e homens varia de acordo com o grande grupo ocupacional. No Ceará, em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, a diferença salta para 29,4%. No recorte por raça, o relatório aponta que o número de mulheres negras é bem maior que o de mulheres não negras nas empresas do levantamento, com registro de 153,5 mil e 58,5 mil, respectivamente. Contudo, mulheres negras recebem, em média, 21,7% a menos que as não negras. Entre os homens negros e não negros, a diferença de remuneração média semelhante: 22,8%. O relatório também apresenta informações que indicam se as empresas contam com políticas efetivas de incentivo à contratação de mulheres, como flexibilização do regime de trabalho para apoio à parentalidade, entre outros critérios vistos como de incentivo à entrada, permanência e ascensão profissional das mulheres. No caso do Ceará, o relatório registrou que 42,2% das empresas possuem planos de cargos e salários; 35,9% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência; 26,7% têm políticas de incentivo à contratação de mulheres; e 17,3% adotam incentivos para contratação de mulheres negras. Poucas empresas ainda adotam políticas como licença maternidade (ou paternidade) estendida (10,3%), e 20,6% das empresas oferecem auxílio-creche. Atualmente, somente 14,8% possuem políticas de incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+; 20,8% incentivam o ingresso de mulheres com deficiência; e apenas 4,3% têm programas específicos de incentivo à contratação de mulheres vítimas de violência. NACIONAL – No Brasil, as mulheres ganham 19,4% a menos do que os homens, de acordo com o 1º Relatório de Transparência Salarial. No total, 49.587 empresas responderam ao questionário – quase 100% do universo de companhias com 100 ou mais funcionários no Brasil. Destas, 73% têm 10 anos ou mais de existência. Juntas, elas somam quase 17,7 milhões de empregados. A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 25,2%. No recorte por raça, o relatório aponta que as mulheres negras, além de estarem em menor número no mercado de trabalho, também recebem menos do que as mulheres brancas. Enquanto a remuneração média da mulher negra é de R$ 3.040,89, a da não negra é de R$ 4.552,45, diferença de 49,7%. No caso dos homens, os negros recebem em média R$ 3.843,74 e os não negros, R$ 5.718,40, o equivalente a 48,77%. POLÍTICAS DE INCENTIVO — O relatório registrou que, em todo o país, 51,6% das empresas possuem planos de cargos e salários, políticas de incentivos às mulheres; 38,3% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência; 32,6% têm políticas de apoio à contratação de mulheres; e 26,4% adotam incentivos para contratação de mulheres negras. Apenas 20,6% possuem políticas de incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 23,3% incentivam o ingresso de mulheres com deficiência, e apenas 5,4% têm programas específicos de incentivo à contratação de mulheres vítimas de violência. Poucas empresas ainda adotam políticas como flexibilização de regime de trabalho, como licença maternidade/paternidade estendida (17,7%) e auxílio-creche (21,4%). ESTADOS — Os dados mostram diferenças significativas por Unidade da Federação. O estado do Piauí, por exemplo, tem a menor desigualdade salarial entre homens e mulheres: elas recebem 6,3% a menos do que eles, em um universo de 323 empresas, que totalizam 96.817 ocupados. A remuneração média é de R$ 2.845,85. Na sequência das UFs com menor desigualdade salarial entre homens e mulheres aparecem Sergipe e Distrito Federal, com elas recebendo 7,1% e 8% menos do que os homens, respectivamente. Em Sergipe, a remuneração média é de 2.975,77. No DF é a maior do país: R$ 6.326,24. A maior desigualdade salarial no Brasil ocorre no Espírito Santo, onde as mulheres recebem 35,1% menos do que os homens. Na sequência dos estados mais desiguais, aparecem Paraná (66,2%), Mato Grosso do Sul (67,4%) e Mato Grosso (68,6%). São Paulo é o estado com maior número de empresas participantes, um total de 16.536, e maior diversidade de situações. As mulheres recebem 19,1% a menos do que os homens, praticamente espelhando a desigualdade média nacional. A remuneração média é de R$ 5.387. ONDE ACESSAR — Todos os dados estão disponíveis para consulta no site Portal Emprega Brasil – Empregador. As empresas têm até 31 de março para publicar o seu relatório individual no portal ou em suas redes sociais, sempre em local visível, garantindo a ampla divulgação para seus empregados, trabalhadores e público em geral. Aquelas que não tornarem públicas as informações do relatório serão multadas em 3% do valor da folha. As empresas terão o prazo de 90 dias para apresentarem um plano de mitigação, ou seja, para reduzir as diferenças apontadas pelo relatório. Funcionários que quiserem denunciar desigualdades podem acessar o site Link. INSTRUMENTO PARA A IGUALDADE — Tanto o Relatório de Transparência Salarial quanto o Plano Nacional de Igualdade Salarial, que ainda será lançado, são frutos da Lei nº 14.611, sancionada pelo presidente Lula em 3 de julho de 2023. Ela aborda a igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre homens e mulheres no ambiente de trabalho, modificando o artigo 461 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Por força da lei, empresas com 100 ou mais empregados devem adotar medidas para garantir essa igualdade, incluindo transparência salarial, fiscalização contra discriminação, canais de denúncia,
Governo do Ceará anuncia laureados com Medalha da Abolição: Camilo Santana, Luiz Carlos Barreto, Lira Neto, Dom Edmilson Cruz, Ana Lúcia Bastos Mota e Congregação Franciscana de Canindé
Os homenageados representam diferentes setores da sociedade local Reconhecida como a mais alta honraria do Estado, o governador Elmano de Freitas anunciou, nesta segunda-feira (25.3), Data Magna do Ceará, os seis homenageados da edição de 2024 da Medalha da Abolição. São eles: o ex-governador e ministro da Educação, Camilo Santana; o produtor e diretor de cinema, Luiz Carlos Barreto; o escritor e jornalista, Lira Neto; o bispo emérito de Limoeiro do Norte, Dom Edmilson Cruz; a empresária Ana Lúcia Bastos Mota; e a Congregação Franciscana de Canindé. O governador Elmano de Freitas, enfatizou a relevância da homenagem prestada através da Medalha da Abolição. “A outorga é um reconhecimento às relevantes contribuições prestadas ao nosso estado em diversas áreas, política, econômica, social, cultural e religiosa, e será concedida a cinco personalidades e uma instituição neste ano”, pontuou. A comenda, que homenageia personalidades de destaque que contribuem para o desenvolvimento social do Ceará, recebe esse nome em alusão à nossa Data Magna, 25 de março de 1884, quando o jangadeiro Francisco José do Nascimento, o Chico da Matilde, – reconhecido como Dragão do Mar – mobilizou colegas a se insurgirem contra o transporte de escravizados para o Sul do país. A ação tornou o Ceará a primeira província brasileira a abolir o tráfico escravista no Brasil. Além do anúncio, nas suas redes sociais, o governador cearense também reforçou a importância deste feito e da celebração da data. “Que orgulho celebrar o pioneirismo do nosso estado ao abolir a escravidão quatro anos antes do restante do Brasil. Que a bravura e a resistência do nosso povo nos inspire a continuar lutando por um Brasil justo, democrático e livre”. Homenageados Camilo Santana: engenheiro agrônomo e mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Ceará (UFC), o cearense nascido no Crato tem um extenso currículo político. Foi o deputado estadual mais votado do Ceará, em 2010; eleito governador do Ceará, em 2014, e reeleito em 2018, com a maior votação proporcional do país. Em 2022, repetiu o feito de popularidade, e foi eleito o senador da República mais votado da história do Ceará, e proporcionalmente o mais votado do Brasil. Camilo Santana, que teve sua gestão estadual marcada pelos avanços na educação, é atualmente Ministro de Estado da Educação. Luiz Carlos Barreto: jornalista, fotógrafo, produtor e diretor de cinema, o cearense natural de Sobral, aos 95 anos tem uma bagagem de mais de 150 filmes, todos marcados por uma forte identidade cultural e social, a L.C. Barreto – fundada há 69 anos – conquistou o público e a crítica, levando o cinema brasileiro para o cenário internacional. Lira Neto: escritor e jornalista, é também mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Graduado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará. Trabalhou nos dois principais jornais cearenses (O Povo e Diário do Nordeste) antes de se dedicar à literatura. Tem 12 livros publicados. Venceu quatro vezes o Prêmio Jabuti de Literatura (2007, 2010, 2013 e 2014) e uma vez o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte – APCA (2014), sempre na categoria Biografia. Entre suas principais obras, estão: Getúlio, Padre Cícero: Poder, Fé e Guerra no Sertão, Maysa: Só numa multidão de amores e Uma história do Samba. Dom Edmilson Cruz : nascido no município de Acaraú, no Ceará, o bispo emérito deu início a sua trajetória religiosa quando foi ordenado sacerdote em 1948, em Sobral. Como Bispo, foi Auxiliar de São Luís do Maranhão e em Fortaleza. Além disso também exerceu papel de, Administrador Apostólico “Sede Plena” e Bispo de Limoeiro do Norte, no Ceará. Durante sua trajetória, escreveu e publicou diversos livros. Dom Edmilson, tornou-se bispo emérito em 1998. Ana Lúcia Bastos Mota: neta de José Bastos e geógrafa por formação, a empresária é um exemplo da força feminina no Mercado. Ana Lúcia é presidente da Cerbrás, uma das principais indústrias de porcelanato e cerâmica do país. Com mais de 30 anos no mercado, a empresa exporta para países como Estados Unidos, e tem consolidadas praças internas de vendas. Congregação Franciscana de Canindé: uma marca da religiosidade cearense e um importante pilar do turismo religioso no Estado, a Medalha da Abolição celebra o movimento franciscano que chega a terras cearenses por volta de 1758 – quando os frades franciscanos e terciários franciscanos (da Terceira Ordem) realizaram as “Santas Missões” franciscanas. Hoje, a comunidade franciscana de Canindé, se dedica a ao trabalho social, dando acolhimento a romeiros e fiéis, de todos os lugares, que tem como destino o centro de fé e devoção a São Francisco das Chagas, presente na cidade.