Lançamento em livro: um mundo distópico em que a Inteligência Artificial é destrutiva e não pode ser controlada

Lançamento em livro: um mundo distópico em que a Inteligência Artificial é destrutiva e não pode ser controlada

Quando uma terrível guerra tornou a Terra inabitável, onde a Inteligência Artificial (IA) saiu de controle e foi banida há cem anos após se rebelar, os sobreviventes encontraram uma forma de perpetuar a vida em uma estação espacial. Dividida por classes sociais, a nobreza governa sob a liderança de um rei, enquanto os pobres sobrevivem em condições miseráveis na Ala Baixa. Mas Synali, a protagonista de Heavenbreaker – Algoz do Paraíso, livro best-seller de Sara Wolf, está determinada a se infiltrar na Ala Nobre para saciar a própria sede de vingança.

Filha bastarda do Duque da Casa Hauteclare, que assassinou sua mãe por ser de classe inferior e ameaça sua posição política, a jovem faz um pacto com um nobre misterioso para vingar-se e matar o pai. Mas, para isso, a garota precisa cumprir algumas regras: Synali deve disputar a Copa Supernova, uma espécie de torneio, com o corcel Algoz do Paraíso – um dos robôs gigantes mais antigos usados na guerra que os expulsou do planeta. 

Esta sensação… é o corcel? Parece uma pessoa. Minha mente se volta instantaneamente para a Inteligência Artificial verdadeira, do tipo que foi banido há cem anos após sua rebelião. A IA falsa é usada para tudo na Estação, de sub-rotinas de limpeza a máquinas cirúrgicas, mas a IA verdadeira é ilegal. Nem mesmo os nobres são insensatos o bastante para colocar IA verdadeira nos seus corcéis – eles querem coisas que possam controlar, e a IA verdadeira que nossos ancestrais fizeram não pode mais ser controlada. É por isso que o monarca que veio antes do Rei Ressinimus ordenou que fosse destruída”.
(Heavenbreaker – Algoz do Paraíso, p. 29)

À medida que Synali avança na competição, os inimigos dela caem um a um. Porém, para além da vingança, ela descobre segredos sombrios que cercam o mundo em que vive e as mentiras que foram transmitidas por séculos. Com um toque de fantasia e romance ao bom estilo slow burn e enemies-to-lovers, a autora explora nesta ficção científica a problemática das intrigas políticas, além de questões profundas da contemporaneidade – a externalização da raiva feminina, a ganância pelo poder e as complexidades das relações humanas em meio à opressão e à desigualdade.

Narrado por diferentes pontos de vistas, esta obra publicada pela Plataforma 21 faz o leitor refletir sobre o que significa ser humano em um universo onde as máquinas podem se tornar incontroláveis. Primeiro livro de Sara Wolf lançado no Brasil, Heavenbreaker – Algoz do Paraíso já conquistou leitores ao redor do mundo. Alcançou o quarto lugar na lista de mais vendidos do New York Times e foi destacado pela Amazon como um dos melhores lançamentos do ano. O desfecho da duologia, Hellrunner – Mensageiro do Inferno, chega aos leitores brasileiros em breve também pela Plataforma21.