Brasil se destaca no setor de TIC e exporta profissionais

Computadores, redes de internet, dispositivos móveis, softwares, telecomunicações. Esses recursos presentes no dia a dia são parte de uma ampla área chamada tecnologias da informação e comunicação, resumida pela sigla TIC. 

Trata-se de algo que deixou de ser uma tendência e se tornou uma necessidade: com o advento da internet e das tecnologias baseada em 5G, toda e qualquer empresa que não estiver conectada estará atrasada em sua atividade. Essa é a visão de Danilo Amorim, especialista em TIC, com mais de 25 anos de experiência na área. 

Ele considera o Brasil um exemplo positivo no setor. “Nosso país se destaca como exportador de talentos. Se você vai ao Vale do Silício [região dos Estados Unidos onde estão sediadas grandes empresas globais de tecnologia], há muitos desenvolvedores brasileiros em plataformas de streaming e big techs”, diz.

Amorim acrescenta que “a indústria gosta do profissional brasileiro, porque ele é multidisciplinar, sabe trabalhar com rede, configurar requisitos de segurança, mexer com políticas e entende de hardware”.

“Geralmente, esses profissionais têm graduação diversa dentro da área de tecnologia. Pode ser um analista de sistema, um analista de dados, um analista de rede, um especialista em segurança da informação. No nível superior, ele pode ser um engenheiro de softwares, de telecomunicações, de rede de computadores”, explica Amorim.

É importante que a pessoa tenha cursos específicos na área que quer seguir, como desenvolvimento, hardware, tratamento de dados, entre outros, exemplifica o especialista.

Além de oportunidades no exterior, há também uma grande demanda no Brasil por parte de empresas e governos. Amorim relata ter trabalhado em projetos do Exército, da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e na construção de data centers (centros de processamento de dados) em plena floresta amazônica.

Outra iniciativa que contou com a participação do profissional foi a implantação de fibras ópticas em Manaus (AM) para a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e de data centers inteligentes em formato de container CMAD para o programa Amazônia Conectada.

Mais de 2 milhões de empregos

Dados de um relatório da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom) reforçam a importância do Brasil nesse mercado. 

Em 2023, todo o setor respondeu por mais de 2 milhões de empregos no país, crescimento de cerca de 29 mil vagas em relação ao ano anterior. Segundo o relatório, a média salarial de quem trabalha na área é superior ao dobro da média geral nacional.

O Brasil, além disso, é o décimo maior em produção de TIC e telecomunicações do mundo, ocupando o posto de único da América Latina que aparece entre os dez principais.

“Somos um país celeiro de profissionais na área, com diversas ofertas de emprego, buscando aqueles que se destacam. É uma profissão que tem evoluído demais”, analisa Amorim.

Para saber mais, basta acessar: https://www.linkedin.com/in/danilo-amorim-44989b52/ 

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