O Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, bate recordes de cirurgias e atendimento a feridos por arma de fogo, contribuindo para o enfrentamento diário da violência urbana. O hospital recebe, em média, 39 pacientes baleados por mês. Em setembro registrou o maior volume de procedimentos cirúrgicos do ano: 2.312.
Tiago Simões Leite, diretor da Medplus, ressalta a complexidade e a importância do trabalho realizado na gestão dos profissionais e insumos médicos. “Os números mostram a intensa atividade do Hospital Adão Pereira Nunes. Além do volume expressivo de cirurgias, nossa equipe lida diariamente com a gravidade dos traumas, garantindo atendimento especializado para a população e fazendo frente à violência urbana. É um compromisso constante com a vida e com a capacidade de resposta às necessidades mais urgentes”.
No HMAPN, a Medplus faz desde o planejamento de escalas médicas e gerenciamento de materiais e insumos, até́ a seleção dos cerca de mil profissionais médicos que atuam no hospital em 26 especialidades. A empresa assumiu a gestão profissional em 2022, quando a unidade foi municipalizada.
Fogo cruzado
Dados do Instituto Fogo Cruzado mostram que em setembro foram registrados 182 tiroteios/disparos de arma de fogo na região metropolitana do Rio de Janeiro, com 146 pessoas baleadas. Dentro do hospital, 10% dos atendimentos são direcionados a essas vítimas.
Cada pessoa que chega baleada exige a mobilização de uma equipe especializada de cerca de 12 profissionais. “A agilidade é primordial para garantir o melhor resultado no tratamento desse paciente”, explica Pedro Velloso, coordenador do setor de trauma do hospital.
Na unidade, a Medplus mantém equipes especializadas em plantão 24 horas. “Temos neurocirurgia, cirurgia geral e ortopedia preparadas para qualquer tipo de perfuração, seja na cabeça, abdômen ou em um osso”, detalha Thiago Resende, diretor do hospital. A prioridade é sempre estabilizar os sinais vitais e a respiração do paciente antes de qualquer outra etapa.
Após a estabilização, os pacientes são encaminhados para exames de imagem ou diretamente para o centro cirúrgico. “A primeira coisa que a gente faz é estabilizar os sinais vitais, a respiração. Depois de estabilizado, ou a gente leva para o centro cirúrgico, onde já tem uma sala preparada, ou, se tiver tempo e condições, o paciente é levado para a imagem, para fazer um exame de raio-X ou uma tomografia emergencial”, complementa Resende.
Cirurgias
De janeiro a setembro de 2025, o hospital realizou 18.566 cirurgias e mais de 24.259 procedimentos anestésicos, conforme dados internos. O mês de setembro marcou um novo recorde mensal com 2.312 cirurgias, sendo o maior volume registrado no ano.
Destaques nacionais
O atendimento do HMAPN foi destaque na reportagem do SBT, que enfatizou o cenário desafiador da violência no Rio e, também, no Profissão Repórter, da Globo, que acompanhou durante 40 horas a rotina intensa da emergência, onde, a cada quatro dias, mais de 1.500 pessoas, muitas em risco de morte iminente, são atendidas pela equipe da Medplus.


Fique por dentro do mundo financeiro das notícias que rolam no Ceará, Nordeste e Brasil.