A Coluna do Roberto Maciel (quinta, 12.6): “Na estrada da razão”

  • O Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest-Senat) e a ONG Childhood Brasil não acham graça nenhuma de “piadas” sobre abuso sexual de crianças. Textos desse tipo estão no repertório de “humoristas” como Léo Lins – condenado a oito anos de xilindró por textos do gênero, travestidos de “comédia”. As entidades estão numa campanha intensa contra crimes assim. O que fazem é, mais do que uma contracorrente, um chamamento da sociedade à lei, à razão e à humanidade. A agenda do Sest Senat e da Childhood compreende fatores socioeconômicos e culturais do Nordeste, ressaltando a relação com a prevenção e o enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes. É como um ataque direto ao tumor que põe em risco a saúde de uma sociedade inteira – mas que, apesar do perigo, acaba sendo estimulado pela negligência e pelos falsos argumentos da “necessidade” ou do “direito de expressão”.

Pode acelerar!
As discussões do sistema Sest Senat e da Childhood abordam, ainda, preparação para atuação preventiva da proteção de públicos vulneráveis; a relação do turismo e violências; e a relevância dos canais de denúncia. É um pacote pra lá de sério e urgente. Mais: incluem a importância da integração de órgãos estaduais e municipais e o papel do setor de transportes para proteger crianças e adolescentes.

Atenção
As entidades realizaram nesta semana atividade em Fortaleza. O Nordeste é uma das regiões onde os índices de violência exigem atenção específica, fiscalização rigorosa e esclarecimentos eficientes.

Figurante
O empresário cearense Afrânio Barreira (na foto abaixo, com Bolsonaro), dono da rede de restaurantes Coco Bambu e Vasto, ganhou uns segundinhos de fama no cardápio de depoimentos que o STF está tomando de envolvidos no golpe de 8 de janeiro – armação traiçoeira com a qual bolsonaristas ambicionavam tomar o poder no País. Não teve brilho moral nem valor cívico, mas a figuração vale ser notada.

“O cara do Coco Bambu”
Afrânio foi citado num áudio apresentado pelo advogado Celso Vilardi, pago por Jair Bolsonaro, no qual o então ajudante de ordens do ex-presidente listava atiçadores o golpe. Mauro Cid menciona na prova “o cara do Coco Bambu” como incentivador da violência antidemocrática. Até para mau entendedor isso já vale.

Dias de hoje
O Escritório de Direitos Humanos e Assessoria Popular Dom Aloísio Lorscheider, da Câmara de Fortaleza, está fazendo sete anos. E vem sintonizando as ações com demandas muito atuais. O advogado Walber Nogueira (foto abaixo) diz que temas como inclusão social, combate ao racismo e ao bullling, liberdade religiosa e direito à integridade física, à educação e à saúde entraram de forma intensa e definitiva na pauta da Casa.

Luta permanente
Agora, o Escritório Dom Aloísio Lorscheider projeta uma série de visitas a escolas municipais e estaduais com palestras e discussões sobre Direitos Humanos. “É um desafio imenso: temos de fazer as pessoas entenderem os seus direitos”, diz Walber Nogueira. Desafio tanto para o Parlamento quanto para a Justiça, pode crer.

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