- A Assembleia Legislativa aprovou projeto que destina bens e valores obtidos em crimes de lavagem de dinheiro às forças de segurança do Ceará. Os parlamentares deram, assim, um passo muito importante no sentido de atacar pelo lado financeiro ajuntamentos de criminosos que têm desafiado a lei e a ordem. Mais ainda: que desafiam os cidadãos. A medida será cabível, segundo o texto encaminhado à Alece pelo governador Elmano de Freitas (PT), quando forem de competência estadual o processo e o julgamento do malfeito. A matéria diz que os recursos retidos serão empregados para a “estruturação dos órgãos de segurança estaduais e o fortalecimento do combate ao crime organizado e ao próprio crime de ‘lavagem de dinheiro'”. A medida acompanha decisões já tomadas por outros estados e aponta não só para a necessidade de rigor nesse tipo de enfrentamento, mas também para a urgência no próprio enfrentamento.
Tomara que funcione
Funciona no TRE do Ceará o Comitê de Enfrentamento à Influência da Criminalidade Organizada nas Eleições. A iniciativa articula ações interinstitucionais para prevenir e reprimir a influência de grupos criminosos no processo eleitoral. Ameaças, intimidações e outros crimes contra candidatos e votantes estão no radar do grupo.
“Debaixo da ponte”
Fato que comoveu o público, sobretudo o que acompanhou novelas nos anos 1970 e 1980, foi o despejo do ex-ator Mário Gomes (foto) e da família da mansão de frente para o mar, onde moravam no Rio de Janeiro. O imóvel foi leiloado por ordem judicial para o pagamento de dívidas trabalhistas que Mário Gomes acumulava. “Estou debaixo da ponte”, choramingou.
A lei mudou
Detalhes que não passaram em brancas nuvens: Mário Gomes diz que é perseguido pela esquerda e que não poderia perder a mansão porque é o único bem da família. Trata-se, no entanto de medida a Justiça do Trabalho. Além disso, a lei, que antes garantia impenhorabilidade a esse tipo de bem, foi mudada no governo de Jair Bolsonaro. Gomes diz que a medida é “inconstitucional”, mas não reclamou do “mito”.
A Terra gira
O projeto de alteração da penhora de bens de família havia partido do Executivo de então, que mobilizou as bases para aprová-lo no Congresso. A esquerda tentou barrar o texto, mas foi derrotada. Mário Gomes tem 72 anos, é candidato a vereador no Rio pelo Republicanos e apoia Bolsonaro. Bolsonaro tem 69 anos e é, com a família, dono de mais de 50 imóveis – alguns comprados com dinheiro vivo. Está inelegível.
Bom apetite!
A Prefeitura de Fortaleza programou para a próxima quinta-feira licitação para contratar serviços de bufê para eventos técnicos, cursos e outras atividades da Secretaria de Finanças.
Chique, né?
Estão sendo encomendados três tipos de bufê pelo Município: 1) Para 10 pessoas, ao custo de R$ 9.422,00, totalizando 35 serviços; 2) Para 50 pessoas, por R$ 40,5 mil, somando 30 serviços; e 3) Para 20 pessoas, por R$ 6.444,00, no total de 20 serviços. As contas somam R$ 1.673.650,00. Quem ganhar deverá entregar as solicitações quatro horas antes de cada evento, “com fino acabamento, para melhor qualidade de solenidades e ambientes internos”.
Ói!
Quem rejeita condições iguais para homens e mulheres precisa dormir com essa: o Senado analisa projeto que cria cota de 30% para mulheres na Câmara dos Deputados, nas assembleias legislativas e nas câmaras municipais. É para dar arrepios em qualquer misógino.