Artigo do jornalista Roberto Maciel, editor do portal InvestNE:
Saiu neste sábado (5.10) último resultado do Datafolha, instituto de pesquisas de opinião vinculado ao jornal “Folha de S. Paulo”, que em Fortaleza tem trabalhado sob contrato com o jornal “O Povo”, referente às intenções de voto no primeiro turno em Fortaleza.
Diz a sondagem que André Fernandes (PL) lidera as intenções de voto com 33%, seguido de Evandro Leitão, com 31%, Capitão Wagner (UB), com 17%, e José Sarto, com 14%. Os demais têm índices irrelevantes.
O Datafolha tem importância especial no cenário das pesquisas. Primeiro, porque é o último a apresentar análise. Depois, porque tem um histórico de prognósticos acertados mais avantajado do que os dos demais institutos. Por fim, porque se vincula a duas marcas relevantes do mercado jornalístico.
E o que se pode deduzir do panorama exibido pela pesquisa derradeira?
Inicialmente, que o eleitor fortalezense decidiu se embebedar no bolsonarismo e requebrar em chão escorregadio à beira de um precipício. A indicação favorável para André Fernandes é uma aventura que, se concretizada, poderá impor à cidade situações só sanáveis ao longo de muitos anos adiante. Mas isso é da Democracia. O resultado que vier das urnas há de ser assim considerado.
Depois, que há muito o que ser feito ainda pelos partidos concorrentes – mas dentro do que a lei permite. Nisso, militantes terão a tarefa relevante de correr com ações de convencimento até os últimos minutos, como as regras autorizam.
Por fim, que no segundo turno os votos dados ao Capitão Wagner e a José Sarto serão preciosidades com as quais as negociações que apontarão o vencedor do pleito, em 27 de outubro, serão efetuadas.
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E o que Evandro pode esperar?
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Primeiro, que o perfil do eleitorado de Sarto admita segui-lo. Isso significa trabalhar para que os pedetistas repudiem o bolso-cirismo, assim como fizeram em 2022 ao preferirem Lula em vez de Jair Bolsonaro.
Evandro tem no currículo muitos anos no PDT, o que pode leva este que vos escreve, a leitora e o leitor a supor que conhece os líderes e as formas eficientes de dialogar com quem comanda o partido.
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E que o eleitor do Capitão Wagner tangencie para a centro-direita, apoiando um candidato com discurso mais equilibrado e mais progressista, o que é o caso de Evandro Leitão.
A propósito disso, vale rememorar o “pedido de desculpas” que Wagner fez a André Fernandes no debate da TV Verdes Mares, quinta-feira última (3.10).
Aquilo pode não ter sido um “foi mal, cara, eu não queria te machucar”.
Pode ter sido, sim, um “entenda aí, meu chapa, mas nossas semelhanças acabam agora; cada um que siga o seu caminho, sem ressentimentos; política é assim mesmo”.
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