O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou, por meio de nota, que aguarda a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela dos “dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”. O comunicado diz que o Brasil “reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular, a ser observadora por meio da verificação imparcial dos resultados”. O Itamaraty também cumprimentou a Venezuela pelo fato das eleições terem sido realizadas em clima pacífico. “O governo brasileiro saúda o caráter pacífico da jornada eleitoral de ontem [domingo] na Venezuela e acompanha com atenção o processo de apuração”, diz a nota do MRE. O governo brasileiro enviou como representante para acompanhar a votação o embaixador Celso Amorim, assessor especial de Relações Internacionais da Presidência da República. Há a expectativa de que o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela publique todas as atas com os resultados eleitorais por urna. Com isso, é possível verificar se as atas em mãos do CNE são as mesmas impressas na hora da votação e que foram distribuídas aos fiscais da oposição ou aos observadores nacionais e internacionais. Apesar de o CNE ter anunciado a vitória de Nicolás Maduro por 51,21% dos votos com 80% das urnas apuradas, a oposição liderada pelo candidato Edmundo González não reconheceu o resultado. Na madrugada desta segunda-feira (29), a líder da oposição María Corina Machado disse que eles tiveram acesso a 40% das atas e que elas indicariam que González venceu. Lideranças de países ao redor do mundo se dividem entre aquelas que não reconhecem o resultado, como os presidentes do Equador, Daniel Noboa, e da Argentina, Javier Milei; as que não desconhecem o resultado, mas pedem a publicação das atas, como a Colômbia, os Estados Unidos, a União Europeia e o Brasil, e aqueles que parabenizaram Maduro pela vitória, sem contestar a publicação das atas, como Rússia, Bolívia, China e Cuba. Em discurso após o anúncio da sua vitória, Nicolás Maduro pediu que os países respeitem o resultado eleitoral. “O Poder eleitoral tem um sistema eleitoral de altíssimo nível de confiança, segurança e transparência com 16 auditorias”, garantiu, acrescentando que “quando houve o debate em que Donald Trump denunciou que lhe roubaram as eleições nos Estados Unidos, nós não nos metemos nisso”. Questionados pela oposição pelo menos desde 2004, os resultados das eleições venezuelanas costumam ser alvo de desconfiança de parte da comunidade internacional. Porém, nos últimos pleitos, organizações internacionais como o Centro Carter e a Missão de Observação da União Europeia não apontaram fraude no voto e denúncias de fraudes de pleitos passados não foram formalizadas no país.
Bolsonaristas como sempre, tucanos voltam a atacar a Constituição, a Democracia e a lógica política
Tão bolsonaristas quanto qualquer hidrófobo que faz continência para pneu e sinaliza para OVNIs, os tucanos estão tentando mais uma vez pousar com asas e garras agourentas na política nacional – alguns ainda não estão convencidos de que foram expulsos do cenário nacional por razões várias e justas, entre as quais a incapacidade de responder com propostas e ética aos eleitores que confiam votos a eles. O PSDB esteve na gênese do reacionarismo antidemocrático, que começou com o questionamento do fracassado Aécio Neves aos resultados das urnas em 2010, se manteve com atos violentos nas ruas do País em 2013, seguiu com o conluio com Eduardo Cunha e outros pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff, ampliou-se na armação da “Operação Lava-Jato”, alcançou o ápice com a prisão de Lula, derivou para a eleição de Jair Bolsonaro e chegou ao golpe de 8 de janeiro de 2023. Agora, o mesmo partido – o qual não passa de uma sombra pálida do que já foi nos parlamentos federais e nos governos estaduais e municipais – reaparece chamando de “eleitoreiro” pronunciamento do presidente Lula no fim de semana. O PSDB trata a fala do mais importante ocupante de cargos públicos do País, eleito com o inquestionável voto do povo, como se ilegítima fosse. O que os tucanos fazem é exercitar, como bolsonaristas que são, a mais completa aversão à democracia e ao respeito à lei. Abaixo, trechos de matéria do UOL publicada nesta segunda-feira (29.7): O PSDB diz que vai à Justiça contra o pronunciamento do presidente Lula (PT) na rede nacional de rádio e TV na noite deste domingo (28). O que aconteceu Partido diz que Lula usou espaço para “fazer propaganda”. “O presidente usou esse expediente para fazer propaganda da divisão do país de qual ele é um dos protagonistas e transmitiu dados eleitoreiros para subsidiar o discurso de seus candidatos a prefeito e vereador neste ano”, disse o PSDB. Para o PSDB, o discurso não trouxe “informação relevante” que justificasse fala à nação. “Por não ser justificável, o PSDB irá à Justiça contra o governo federal por uso indevido da convocação da rede nacional de rádio e TV”, acrescentou o partido, em nota assinada pelo presidente do partido, Marconi Perillo. *** *** *** É óbvio, mas o PSDB não moveu uma palha sequer para, por exemplo, questionar a manifestação na qual Jair Bolsonaro reuniu embaixadores para falar contra a lisura do processo eleitoral no Brasil. Nem, nos quatro anos da gestão do hoje inelegível, denunciar ilegalidades cometidas aos borbotões pelo estão ocupante do Palácio do Planalto. Não se conhece dos tucanos nenhuma menção ao desvio de joias atribuídos por investigações policiais a Bolsonaro e asseclas. *** *** Mais do UOL: Lula fez fala com ataques a BolsonaroSem citar o ex-presidente, Lula disse que o Brasil “se reencontrou com a civilização”. No discurso, o atual mandatário afirmou que o país passou por uma “enorme destruição”, com corte de recursos para educação, saúde e meio ambiente. “Espalharam armas ao invés de empregos. Trouxeram a fome de volta. Deixaram a maior taxa de juros do planeta. A inflação disparou e atingiu 8,25%. Diziam defender a família. Mas deixaram milhões de famílias endividadas, empobrecidas e desprotegidas”. Trecho da fala de Lula Apesar das críticas, Lula frisou que é hora de falar em “reconstrução e futuro”. O petista destacou números do governo, como o crescimento da economia, a geração de empregos e a retomada de programas sociais. Ele também prometeu a aprovação da reforma tributária pelo Congresso Nacional. A medida, segundo Lula, vai “descomplicar a economia” e baratear o preço de alimentos e produtos essenciais, como a carne. Lula disse também que o “Brasil voltou ao mundo” ao citar o reposicionamento do país no cenário internacional . Ele lembrou que o Brasil vai sediar a reunião do G20 em novembro, além da COP-25 no ano que vem, em Belém. “Vamos colocar no centro do debate internacional a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Não podemos nos calar diante de um drama que afeta a vida de 733 milhões de homens, mulheres e crianças em todo o mundo. Para tornar o mundo mais justo, estamos liderando para o G20 a proposta de tributação dos super-ricos, que já conta com a adesão de vários países.”
Cagece celebra saldo de Coleta Seletiva Solidária; mais de 155 mil quilos de material reciclável resultou em R$ 100 mil para entidades
O compromisso firmado em 2021 pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) com a Coleta Seletiva Solidária já alcança resultados que sinalizam a companhia como órgão modelo do Governo do Ceará, quanto à correta destinação de resíduos sólidos recicláveis. Até junho deste ano, foram mais de 155 mil quilos de materiais doados para associações e cooperativas de matérias recicláveis no estado. O montante contribuiu para uma arrecadação de R$ 100 mil. Os materiais recicláveis mais doados pela companhia são papel, papelão, PET, plástico, PVC e vidro. No dia a dia, o cuidado e a atenção com a Coleta Seletiva Solidária pela Cagece tem feito a diferença na vida de pessoas como a de dona Francisca Maria Rodrigues de Lima, de 57 anos, que trabalha com reciclagem há mais de 10 anos. Hoje, ela é uma das responsáveis pelo processo de triagem dos materiais que são doados para a Associação de Agentes Ambientais Rosa Virgínia, que fica localizada num pequeno galpão no bairro Conjunto Esperança, em Fortaleza. “Parcerias assim como a da Cagece ajudam muito. Lá em casa vive eu, meu companheiro que também trabalha com reciclagem, e meu filho. Para complementar minha renda de catadora, eu só recebo o Bolsa Família. Antes de entrar na associação Rosa Virgínia, eu andava recolhendo resíduos nas casas. Vinha aqui duas vezes na semana pra vender minhas coisas. Hoje, eu sinto uma diferença bem grande de estar numa associação. Quando dá, a gente vem até no dia de sábado, que é pra dar mais uma ajudinha e conseguir um dinheirinho extra”, conta Francisca. Até dezembro de 2024, a Coleta Seletiva Solidária deverá ser ampliada para todas as Unidades de Negócio da companhia, distribuídas geograficamente no Ceará. “O trabalho envolve ações estratégicas de educação ambiental, a fim de sensibilizar para a separação correta dos resíduos recicláveis dentro da empresa”, afirma Ana Karolina, engenheira ambiental da Cagece. Apesar de a coleta de resíduos ser um trabalho relevante para a cidade e o meio ambiente, os profissionais que realizam a coleta tendem a enfrentar o preconceito e lutam por valorização. “Nós temos um papel muito importante na sociedade enquanto agentes de limpeza. Precisamos de um olhar mais respeitoso enquanto profissionais. Sem o catador não existe política pública que dê conta para uma cidade limpa”, declara Musamara Mendes, presidente da Associação de Agentes Ambientais Rosa Virgínia. Para a Cagece, o incentivo à reciclagem e a valorização dos catadores no Ceará são também uma forma de garantir o bom funcionamento dos sistemas de esgotamento sanitário, já que lixo nas ruas e a destinação indevida de resíduos sólidos nas redes de esgoto podem provocar ocorrências de extravasamentos nas vias públicas.
Marina Amaral: “Não há mundo sustentável com fome e desigualdade”
Artigo da jornalista Marina Amaral (foto), diretora-executiva da Agência Pública: Experimente comparar o mapa dos maiores emissores de carbono do mundo com aquele que aparece no relatório da ONU sobre a fome, divulgado durante a reunião do G20 no Rio de Janeiro. Nos dois casos, o cenário é de alta, mas os protagonistas são praticamente opostos, com o Norte Global liderando as emissões que provocam as mudanças no clima enquanto a fome vigora na parte de baixo do mapa. A receita para enfrentar a emergência climática também tem seguido caminhos diferentes. Resumidamente: tecnologia verde para o Norte e preservação da natureza para os países do Sul, onde está a maior parte dos recursos naturais, majoritariamente explorados por corporações com origem nos países desenvolvidos. O consumo desses recursos é seis vezes maior nos países de alta renda média do que naqueles de baixa renda, de acordo com o Panorama de Recursos Naturais divulgado na Assembleia de Meio Ambiente da ONU, em março deste ano. Claro que também os países em desenvolvimento têm que se adequar às exigências frente ao colapso do clima. Até porque esse impacto é maior sobre os mais pobres (e que menos lançam gases estufa) e representa risco de morte de culturas ancestrais e modos de vida em harmonia com a natureza em biomas fundamentais para o clima, como a Amazônia. “ Perfurar poços de petróleo na margem equatorial ou na foz do Amazonas, como deseja parte do governo Lula, incluindo o próprio presidente, não é solução para o desenvolvimento. Reduzir o desmatamento na Amazônia, como felizmente vem acontecendo, também não pode ser a nossa única contribuição para a saúde do planeta e para o bem-estar da população. Mas não há como fechar a equação global da crise climática sem levar em conta que o crescimento econômico é uma necessidade premente onde a fome afeta 733 milhões de pessoas – um em cada cinco habitantes da África, para ficar no exemplo mais gritante – e sobe para mais de 2 bilhões de pessoas quando se fala em insegurança alimentar.O desenvolvimento sustentável nesses países – até agora um “mito do capitalismo”, como definiu Ailton Krenak – não é possível sem financiamento internacional e transferência de tecnologia – promessas nunca cumpridas dos países ricos em conferências do clima.Não vamos mudar o modelo de desenvolvimento no Sul Global sem uma política de distribuição de renda através de mecanismos como a taxação do super-ricos e a redução dos juros das dívidas dos países mais pobres, defendidas pelo presidente Lula e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante o G20 no Rio de Janeiro.“O que vemos hoje é uma absurda exportação líquida de recursos dos países mais pobres para os países mais ricos”, disse Lula. “Não se pode financiar o bem-estar coletivo se a parte expressiva do orçamento é consumida com o serviço da dívida.”Quanto à tributação dos ricos, Haddad fez a conta: se os bilionários pagassem 2% sobre suas fortunas haveria US$ 250 bilhões de recursos, “ou seja, aproximadamente cinco vezes o que os dez maiores bancos multilaterais dedicaram ao combate à fome e à pobreza em 2022”.Um dos fatores que dificultam o debate global sobre a fome e a desigualdade, como apontou Lula, é a sub-representação de países em desenvolvimento nos organismos multilaterais, tema que se tornou prioridade durante a presidência temporária brasileira do G20.“Sem uma governança mais efetiva e justa, na qual o Sul Global esteja adequadamente representado, problemas como a fome e a pobreza serão recorrentes”, afirmou o presidente, que, na mesma ocasião, lançou a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e comemorou a redução de 85% na insegurança alimentar severa no Brasil em 2023 em relação a 2022. O exemplo da liderança brasileira no G20 é ainda mais importante neste ano, quando a COP29 discutirá o financiamento climático, ou seja, quem paga a conta da crise climática e qual será o valor que irá substituir aquele prometido pelos países desenvolvidos em 2009: US$ 100 bilhões anuais de 2020 a 2025, o que só foi cumprido em 2022, de acordo com a OCDE. Esperamos que o Brasil, que será o anfitrião da COP30 em 2025, em Belém, leve também para essas conferências a prioridade do combate à fome e à desigualdade para um acordo justo sobre o clima, que olhe também para o consumo.Afinal, se é fato que vivemos todos em um mesmo planeta – e em condições mais adversas –, é cada vez mais insustentável o desequilíbrio entre nossos mundos.
Mercado pet já reúne 63 milhões de consumidores em potencial nas classes C, D e E
Mais da metade dos brasileiros das classes C, D e E afirmam que pretendem adquirir algum produto para pet no próximo ano. A conclusão está no estudo “Mercado da maioria – Como a força da população de baixa renda está transformando o setor de varejo e consumo no Brasil”, realizada pela PwC Brasil e pelo Instituto Locomotiva. Os dados apontam um público consumidor em potencial de 63,3 milhões de pessoas, o equivalente a 57% dos consumidores que compõem a faixa de renda ouvida pela pesquisa. O estudo revela ainda que, nos últimos dez anos , 83% dos consumidores passaram a comprar mais pelo menos uma das categorias pesquisadas. Nesse período, 46% dos brasileiros das classes C, D e E consumiram mais produtos para pets. Quando se pensa na categoria para os próximos dez anos, cerca de um terço (33%) pretende consumir mais. Os canais de compra físicos são os preferidos pelos consumidores ouvidos pela pesquisa, esta é a escolha de 71% deles. Por outro lado, este segmento não depende do acesso ao crédito para impulsionar as suas vendas, apenas 10% dos participantes da pesquisa comprariam mais produtos para pets se tivessem maior acesso a crédito. Dividido entre as classes C, D e E, o mercado da maioria representa 76% da população brasileira e responde por quase metade do consumo do país.A pesquisa foi realizada com mais de 2,3 mil pessoas e contou ainda com entrevistas por vídeo com lideranças de grandes empresas do setor de varejo e consumo.
A crônica da Tuty: “Caça-palavras”
Texto da jornalista Tuty Osório: Histórias são para ser contadas como forma de seguir a vida. Sou colecionadora delas. Roubo, peço emprestadas. Muitas, ganho de presente. Mesmo as roubadas, peço licença aos protagonistas. As palavras andam fugidas, o sentido esconde-se, veste roupas que nos confundem. Não vou desistir da aventura de encontrar, compreender ou acreditar que entendo algo. Viver é dádiva e missão. Frase feita. Melhor tê-la, mal ou bem. No grupo da família, vieram recordações de nomes antigos de bares. ARMÁRIO, ARMAZÉM, FLOR DA PELE, CIO DA TERRA, ANÍSIO, SOVACO DA COBRA. Uns conheci, outros não. Todos queriam significar e preencheram dias e noites de cantoria, poesia, debates eruditos, alguns nem tanto. Bom lembrar. Tema atual, é a conversa longa sobre EDUCAÇÃO. Do que se trata, afinal? Retórica dos políticos, anda mal tratada por quem finge dela cuidar. Sofrem as crianças e os jovens. Abisma-se o presente, cruelmente atirado num calamitoso futuro. Um especialista disse em entrevista que educar é transcender. Não se educa para a acomodação. Para a adequação ao tradicional. Educar é fazer diferente, melhorar o mundo, incluir, crescer, superar. Digo às minhas filhas que é preciso coragem para assumir o diverso, respeitar o que não é espelho. A paz pode estar na inquieta busca do respeito e da contemplação do que nos afeta porque é revolucionário. A paz do abraço que a compartilha, que a faz compaixão. O risco de não ser egoísta. A reconstrução do coletivo, do comum. Voltemos a ser muitos, de mão dadas. Viremos de frente, novamente. Não sei dizer quando, porém, sinto que já houve um tempo em que o vizinho era como um irmão. Aproximemo-nos, pois, em retorno a nós e aos outros. Conversa fiada, essa minha. Falta de bar. Abstinência de encontros. Seja o que for, esse balaio está mais para beijos que para lágrimas. Mais para domingo que para segunda. São Pedro, não perde as chaves. Referência pode mudar, transgredir, bagunçar. O alfabeto até colide, bagunça os verbetes, troca as tintas. Mas guardião será eternamente guardião. Cuide bem do seu. *** *** Tuty Osório é jornalista, especialista em pesquisa qualitativa e escritora. São de sua lavra QUANDO FEVEREIRO CHEGOU (contos de 2022); SÔNIA VALÉRIA, A CABULOSA (quadrinhos com desenhos de Manu Coelho de 2023) e MEMÓRIAS SENTIMENTAIS DE MARIA AGUDA, dez crônicas, um conto e um ponto (crônicas e contos, também de 2023). CLIQUE AQUI PARA ACESSAR (exclusivo para os leitores do portal InvestNE)SÔNIA VALÉRIA, A CABULOSAQUANDO FEVEREIRO CHEGOUMEMÓRIAS SENTIMENTAIS DE MARIA AGUDA
Cagece e Ambiental se integram ao projeto “Férias no Parque”, no Cocó, em Fortaleza
A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e a Ambiental Ceará participam neste domingo (28.7) do projeto “Férias no Parque”. Realizada pelo Governo do Ceará, a programação reunirá atividades gratuitas de esporte, lazer, cultura e educação ambiental no Parque do Cocó, em Fortaleza. As empresas levarão os mascotes do saneamento básico para o local e vão promover atividades lúdicas sobre o ciclo da água e do esgoto. A ação acontece das 8h às 10h e tem classificação livre. Com a presença dos mascotes Pingo, Gota e Goto, a participação da Cagece no evento contará com teatrinho de fantoches e o “Conhecendo Nossa Cagece Virtual”, que por meio do uso de óculos de realidade virtual, o público terá a oportunidade de visitar uma das principais estações de água da companhia, a ETA Gavião, para entender melhor as etapas do tratamento que garante a qualidade na prestação dos serviços de abastecimento da Cagece. “Vamos abordar de forma lúdica a importância dos serviços de saneamento básico para a saúde e a preservação do meio ambiente. Precisamos fazer com que mensagens complexas como processos ligados ao saneamento cheguem a todas as faixas etárias”, destaca Samara Silveira, coordenadora de Responsabilidade Social da Cagece. A Ambiental Ceará estará com uma tenda onde será possível aprender, por meio de um jogo, qual o ciclo do esgoto, desde que ele é gerado em casa até a Estação de Tratamento. Quem participar das atividades ganhará brindes educativos sobre o tema. Vale lembrar que a Cagece e a Ambiental Ceará firmaram a Parceria Público-Privada (PPP) cujo objetivo é universalizar os serviços de esgotamento sanitário em 24 municípios das regiões metropolitanas de Fortaleza e do Cariri, para atender 4,3 milhões de cearenses. A PPP conta com investimento na ordem de R$ 6,2 bilhões e deve atender 90% da população com serviços de coleta e tratamento de esgoto até 2033, avançando para 95% em 2040. Sobre o Férias no Parque Realizado pelo Governo do Ceará, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema), com apoio da Fecomércio e do Sesc, o “Férias no Parque” oferece uma alternativa saudável para as famílias cearenses, próximo da natureza, no Parque Estadual do Cocó, maior parque natural em área urbana do Norte/Nordeste e o quarto da América Latina.
Assédio eleitoral é crime; Eleições 2024 deixam empresas em alerta
O Brasil tem mais de 156 milhões de eleitoras e eleitores, dos quais 52,65% são mulheres e 47,33% são homens, de acordo com os dados das Eleições 2022. Em 2024, acontecem as eleições municipais e a prevenção ao assédio eleitoral no ambiente de trabalho é uma realidade que preocupa as empresas. Com o acirramento das disputas ideológicas, é cada vez mais comum que empregadores, desprovidos de orientação adequada, abusem de seu poder econômico sobre os funcionários, buscando influenciá-los a votar em candidatos de sua preferência. A crescente preocupação de órgãos como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Justiça do Trabalho (JT) reflete-se na realização, ao longo dos últimos anos, de diversos acordos, portarias e resoluções visando facilitar a detecção e punição dos assediadores. Em 2023, por exemplo, o TSE emitiu a Resolução nº 23.679, que estabelece diretrizes específicas para a prevenção do assédio eleitoral, incluindo a criação de canais de denúncia mais acessíveis e a intensificação da fiscalização em empresas durante o período eleitoral. O objetivo é garantir a livre escolha de candidatos por parte de todos os eleitores e promover um ambiente de trabalho saudável. De acordo com o advogado Rafael Galle, do GMP I GC Advogados Associados, a Constituição Federal de 1988 resguarda a intimidade, vida privada, autodeterminação, liberdade, consciência e manifestação do pensamento. O especialista explica que é vedado privar alguém de seus direitos em razão de convicção política, sendo que no âmbito do direito do trabalho, a discriminação por opinião política é igualmente proibida. “Quando um empregador, valendo-se de seu poder diretivo, submete um empregado a pressão psicológica para impor-lhe um candidato nas eleições, restringindo seu direito de escolha e ameaçando-o com demissão ou outro tipo de punição, configura-se o assédio eleitoral, conduta esta passível de indenização por dano moral. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Lei nº 9.029/95 também reforçam a proibição de práticas discriminatórias e de coerção política no ambiente de trabalho”, explica Galle. O advogado ressalta que cabe inicialmente ao empregador estabelecer regras e políticas internas que claramente coíbam o assédio eleitoral no ambiente de trabalho. “A criação de um código de conduta, a realização de treinamentos e workshops sobre ética e direitos dos trabalhadores, e a implementação de canais seguros e confidenciais para denúncia são algumas das medidas preventivas eficazes”, detalha. Além disso, é essencial promover a conscientização dos funcionários sobre seus direitos e os mecanismos de denúncia disponíveis, garantindo um ambiente de trabalho livre de intimidação política. Assédio eleitoral é crime Em 2022, o MPT lançou a cartilha “Assédio Eleitoral é Crime”, que oferece orientações práticas para trabalhadores e empregadores sobre como identificar e denunciar casos de assédio eleitoral. “Para identificar o assédio eleitoral, é importante estar atento a sinais de pressão psicológica, coerção, ameaças de retaliação ou favorecimento profissional condicionado ao voto em determinado candidato. Os métodos mais comuns incluem reuniões obrigatórias com discursos políticos, distribuição de material de campanha dentro da empresa, e-mails corporativos com orientações de voto, e até mesmo comentários e conversas informais que induzem a uma preferência política específica”, enfatiza Galle. Promover a conscientização dos funcionários sobre seus direitos é fundamental. Informar sobre as leis que os protegem e os canais de denúncia disponíveis ajuda a criar um ambiente onde os trabalhadores se sintam seguros para relatar quaisquer irregularidades. As empresas devem garantir que qualquer denúncia seja investigada com seriedade e discrição, adotando medidas corretivas quando necessário. “As eleições municipais de 2024 trazem à tona a necessidade de intensificar as medidas de prevenção e combate ao assédio eleitoral no ambiente de trabalho, garantindo a liberdade de escolha dos eleitores, respeitando seus direitos constitucionais e trabalhistas e mantendo um ambiente de trabalho democrático e saudável”, finaliza.
Possibilidade de expandir suas oportunidades com Sebrae/CE: seja consultor do Sebraetec
Estão abertas as inscrições para o programa de Residência do Sebraelab, espaço de estímulo à criatividade, à inovação e às múltiplas conexões de negócios do Sebrae/CE. Podem participar startups formalizadas ou projetos que estejam nas fases de ideação ou validação. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até o dia 16 de agosto no site. Ao todo, serão selecionadas 13 empresas, sendo 10 para o Sebraelab de Fortaleza e três para o do Cariri, em Juazeiro do Norte. Para a seleção, serão avaliados critérios como Grau de Inovação; Potencial de Mercado; Equipe, onde serão analisadas as experiências dos integrantes da equipe, o papel de cada membro relacionadas a temática da solução proposta, assim como a multidisciplinaridade de seus integrantes e Consistência do Modelo de Negócios das empresas. Os selecionados poderão desfrutar da infraestrutura do Sebraelab, terão acesso a trilha de capacitação do SEBRAELAB IDEIAS, match com mentores, investidores e experts de mercado que podem contribuir estrategicamente para o crescimento acelerado das empresas, network com o ecossistema estadual e nacional de inovação, oportunidades de conexões na Rede Integrada dos Ecossistemas de Inovação e Rede Sebraelab e descontos na aquisição de soluções de inovação do portfólio do Sebrae/CE.
Agronegócios e turismo: diretor-técnico do Sebrae-CE avalia ações no Centro-Sul do Estado
Os municípios de Jucás e Cariús, no Centro Sul do Estado, receberam a visita do diretor técnico do Sebrae/CE, Alci Porto, que foi avaliar os resultados das ações desenvolvidas pelo Escritório do Sebrae-CE na Região. Uma dessas iniciativas foi uma agroindústria de beneficiamento de leite, no município de Jucás, atendida pelo Sebrae-CE, através do programa Agronordeste e que, recentemente, foi agraciada com o selo de inspeção estadual – SIE. Atualmente, o laticínio Boa Sorte, beneficia 14 mil litros de leite dia, e capta leite de forma direta de algo em torno de 250 produtores de leite gerando renda pra região, além de empregar na agroindústria 20 colaboradores. Sendo um ator que movimenta a economia local e regional. Ainda em Jucás, a missão técnica conheceu os avanços na estruturação de dois destinos turísticos do município: o Parque municipal de Jucás e o Santuário de Nossa Senhora do Carmo, que estão sendo trabalhados através do projeto do turismo, uma parceria do Sebrae/CE, com o município de Jucás. Durante a visitação ao monumento à Santa, a guia de roteirização turística abordou a história religiosa de Jucás e a importância da preservação dessa identidade religiosa para o município. Já o Parque Municipal de Jucás tem um grande potencial para o município e está sendo organizado enquanto um produto turístico com foco no turismo de aventura e de contemplação da natureza. Em seguida, foi a vez de conhecer a agroindústria e entreposto de mel – Flora Pura Mel, situado no município de Cariús, que também participa do programa Agronordeste e que, recentemente, recebeu o selo de inspeção federal – SIF, e está se adequando para investir na exportação dos seus produtos. Na oportunidade, foi possível avaliar a diversidade de produtos beneficiados, e a importância econômico – social do empreendimento para a Região. Avaliando o resultado da visita a Jucás e Cariús, foi possível perceber que a estratégia de atuação do regional do Sebrae-CE prioriza os segmentos do agronegócio e turismo. Sendo que as agroindústrias vêm sendo destaque pois viabilizam toda a conexão das cadeias produtivas no território, que conectam desde o produtor, até o beneficiamento e comercialização, fortalecendo a economia local. Já o turismo se destaca pela sua capacidade de gerar renda e emprego de forma a partir do desenvolvimento sustentável. No caso de Jucás, o destaque é o potencial religioso que atrai turistas de toda região e viabiliza, através de outros potencialidades, o turismo de natureza, que propõe aos visitantes, experiências diversas, já vêm gerando resultados e despertando a possibilidade de exploração de outros atrativos do município de Jucás.