O sistema do Cadastro Nacional de Animais Domésticos já está em fase final de teste e deve entrar em funcionamento em breve para que os tutores possam registrar seus bichos de estimação e emitir, gratuitamente, o RG Animal. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a ferramenta poderá ser acessada pela conta Gov.br, o portal de serviços do governo federal. Organizações de resgate de animais e prefeituras também poderão cadastrar os bichos sob sua responsabilidade e emitir a carteirinha de identificação, que incluirá um código de identificação (QR Code). Esse código poderá ser fixado na coleira do animal, permitindo que, via câmera do celular, qualquer pessoa consiga localizar o tutor. A Lei 15.046/2024, aprovada em novembro pelo Congresso e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 18, autorizou a criação do cadastro pela União. O sistema vai reunir informações sobre os proprietários e os pets, para facilitar o controle de zoonoses e o combate a abandono e maus-tratos de animais. A medida também deve proporcionar mais segurança em transações de compra e venda. De acordo com a nova lei, o cadastro deve conter identidade, CPF e endereço do proprietário e dados sobre a procedência e características dos animais: raça, sexo, idade real ou presumida, vacinas aplicadas e as doenças contraídas ou em tratamento, além do local onde o animal é mantido. Será dever dos tutores informar sobre a venda, doação ou morte do bicho de estimação, apontando a causa. Cadastro deve conter identidade, CPF e endereço do proprietário – Rovena Rosa/Agência Brasil Caso o animal utilize um microchip subcutâneo que o identifique, o dispositivo poderá ser incluído no cadastro. “Salvo nos casos em que o procedimento for custeado pelo governo federal, a microchipagem não será obrigatória. No entanto, é recomendada como forma de aumentar a segurança e o controle dos animais”, esclareceu o MMA. O microchip é um dispositivo colocado por veterinários sob a pele dos animais, com um código associado aos dados do proprietário. Para acessar as informações, entretanto, é necessário utilizar um leitor adequado, normalmente disponível em clínicas veterinárias que fazem o procedimento. Políticas públicas O cadastro dos animais será realizado prioritariamente pelos tutores responsáveis, no entanto, organizações não-governamentais (OGNs), prefeituras e o Distrito Federal poderão cadastrar animais sob sua guarda, incluindo aqueles que se encontram em abrigos, canis, centros de zoonoses ou em situação de rua. Quando esses animais forem adotados, será feita, pelo sistema, a transferência da tutela. Além disso, segundo o MMA, municípios e estados que aderirem ao sistema terão acesso a uma área específica, onde poderão visualizar e analisar dados estatísticos regionais. “Essas informações são essenciais para a gestão de programas locais de proteção e manejo populacional ético de cães e gatos, incluindo ações como vacinação, mutirões de castração e microchipagem, campanhas de adoção, entre outros”, destacou a pasta. O cadastro será acessível ao público via internet e a fiscalização e centralização dos dados será feita pelos estados e pela União. Atualmente, iniciativas semelhantes já existem no país, mas de forma descentralizada. Os animais voltados à produção agropecuária, para produtos ou serviços, não precisarão ser cadastrados. A lei trata apenas de animais que se destinam à companhia ou são criados como de estimação. Imposto Após a aprovação do projeto do Senado, surgiram especulação sobre a possibilidade de criação de imposto a ser pago por quem é dono de animal doméstico, como ocorre em outros países, como a Alemanha. A nova lei, entretanto, não prevê pagamento de nenhum tipo de taxação, apenas autoriza a criação do cadastro, que será gratuito. “No Brasil, o objetivo é melhorar a gestão e o planejamento de ações, sem impor sanções ou cobranças. O acesso público aos dados será limitado ao necessário para dar suporte a políticas públicas, com garantia de privacidade e proteção dos dados pessoais”, destacou o governo federal, em comunicado.
Mais de 60% dos consumidores com dívidas vencidas regularizaram contas até 60 dias
Das dívidas dos consumidores vencidas em julho no país, 63,0% foram regularizadas até 60 dias da negativação, ocorrida no mês de referência, ou seja, até setembro. Os dados são do Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil e mostram, ainda, que as contas cujo valores eram acima de R$ 10 mil foram as mais priorizadas no período (75,6%). Confira, nos gráficos a seguir, a evolução mês a mês e a visão por valor da dívida: “Manter as contas em dia é um desafio, que se torna ainda maior devido ao elevado patamar da taxa de juros. Ainda assim, o esforço dos consumidores está em pagar as dívidas mais caras, que advêm, geralmente, de financiamentos de veículos e imóveis que podem ser perdidos diante da falta de pagamento. Por isso, há uma tendência de priorização desses itens”, explica a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack. O ranking dos setores das dívidas que os brasileiros priorizaram para quitação no período foram o de “Bancos e Cartões” (72,4%) e de “Utilities” (69,2%), que englobam contas básicas como água, energia e gás. Confira o levantamento completo da visão por segmentos no gráfico abaixo: Idade da dívida: quanto mais recente uma conta, mais chances ela tem de ser quitada As contas atrasadas em até 30 dias foram as mais regularizadas no período pelos consumidores inadimplentes (76,2%), sendo as menos contempladas aquelas com mais de um ano do vencimento (24,9%). Veja, na tabela abaixo, as informações completas deste recorte de idade das dívidas: Sergipe liderou a recuperação de crédito no país Na visão por Unidades Federativas (UFs), o indicador revelou que Sergipe liderou com a maior taxa de recuperação de crédito dos consumidores em até 60 dias após o vencimento, em julho (77,5%). O ranking dos principais estados seguiu com Paraíba (72,6%), Acre (71,4%), Rio de Janeiro (67,3%) e Ceará (67,1%). Veja o levantamento completo por estados: Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, acesse.
Evandro e Gabriella prestam contas de como foi a transição e sobre como está a Prefeitura de Fortaleza; na cena política, isso impõe a Sarto que faça o mesmo
O deputado estadual Evandro Leitão (PT), prefeito eleito de Fortaleza, e a vice-prefeita e coordenadora da equipe de transição da gestão municipal, deputada Gabriella Aguiar (PSD) – ambos na foto acima -, darão entrevista coletiva nesta sexta-feira (27.12), às 10 horas. Vão apresentar relatório preliminar do processo de transição iniciado após a vitória nas eleições deste ano. O relatório conterá diagnóstico da situação atual da administração municipal nas principais secretarias, assim como os desafios para o ano de 2025. Avalia-se que a situação financeira da Prefeitura de Fortaleza é das mais graves – até o planejamento da festa de réveillon, considerada importante para os setores cultural e turístico da cidade, foi alterado por falta de dinheiro. Essa manifestação do futuro prefeito e futura da vice-prefeita indica que a gestão atual, ainda sob a responsabilidade de José Sarto (PDT), terá de se manifestar sobre a transição. O silêncio será entendido como concordância sobre o que Evandro e Gabriella vão dizer. O local onde será realizada a entrevista coletiva já serve como sinalização das condições precárias em que tiveram de trabalhar os integrantes do grupo de Evandro na transição administrativa. Não se trata de um imóvel público, mas de um prosaico e até modesto co-working (foto acima), ambiente em que se alugam salas, birôs e pequenos auditórios para empreendimentos ou escritórios de menor porte. O endereço é Rua Júlio Siqueira, 1101 – Bairro Dionísio Torres.
Alexandre de Moraes dá 48 horas para que Exército explique visitas a militares presos
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes (foto) determinou que o Exército esclareça os motivos pelos quais presos do chamado Inquérito do Golpe estão recebendo visitas sem autorização. A decisão foi proferida na terça-feira (24) e divulgada hoje (26.12). As visitas envolvem parentes e advogados do general da reserva Mario Fernandes e dos tenentes-coronéis Rodrigo Bezerra Azevedo e Hélio Ferreira Lima. Pela decisão, os generais responsáveis pelos comandos militares do Leste e do Planalto deverão, no prazo de 24 horas, enviar ao ministro explicações sobre as visitas. “Oficia-se ao comandante da 1ª Divisão de Exército, general Eduardo Tavares Martins, ao comandante do Comando Militar do Planalto, general de Divisão Ricardo Piai Carmona, e ao comandante militar do Leste, general de Exército, Kleber Nunes de Vasconcellos, para, no prazo de 48 horas, esclarecerem o desrespeito ao regulamento de visitas, com a autorização para visitas diárias”, determinou Moraes. No mês passado, eles foram presos no Rio de Janeiro e transferidos para Brasília, onde estão detidos nas instalações do Comando Militar do Planalto (CMP).
Acrísio Sena: “Elmano acerta no secretariado e pavimenta caminho para 2026”
Texto do professor e historiador Acrísio Sena (foto acima), ex-vereador e ex-deputado estadual: Na finalização da primeira parte da gestão, o governador Elmano de Freitas anunciou hoje (26.12) 13 mudanças importantes no seu secretariado. Uma leitura mais atenta sobre os nomes, pastas e objetivos da reforma, não deixam dúvidas que o governador acertou nessas alterações e terá boa colheita dos frutos em 2026. Vejamos: as indicações garantem uma maior solidez e unidade da base aliada, fortalecendo partidos aliados e estratégicos, sem falar nos espaços ampliados na Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados. Com perfil mais político e sem perder de vista o componente técnico, o novo secretariado deve buscar uma gestão mais ágil e eficiente, com entregas que ajudam a desenhar a marca do governo. Além disso, o novo núcleo político do Palácio da Abolição tem o DNA do governador, notadamente, Nelson Martins, Gabriel Rochinha e Frank Ranier – figuras que darão novo impulso aos projetos estratégicos. Em todo caso, esses movimentos serão decisivos para o próximo período da gestão.
Empatia e automação: colocando pessoas no centro das inovações tecnológicas
Texto do executivo Eduardo Freire (foto acima), CEO e estrategista de inovação corporativa da empresa FWK Innovation Design Quando lidamos com um projeto de tecnologia, o desafio não é apenas digitalizar/automatização de serviços, devemos sempre priorizar a necessidade de empatia com os stakeholders. Nem sempre o que consideramos óbvio é óbvio para as outras pessoas, e compreender essa barreira é crucial para que possamos alcançar o resultado que desejamos. Em 2023, uma pesquisa Life Trends 2024, da Accenture, apontou que uma das tendências empresariais é a relação das pessoas com a inteligência artificial (IA) – 77% das pessoas ouvidas pela empresa disseram compreender a tecnologia. Ainda em 2023, a Euromonitor, com seu estudo Top Global Consumer Trends 2024, percebeu que mais de 60% dos consumidores têm optado por serviços e produtos que trazem impacto positivo no meio ambiente (a chamada prática ESG). Ao considerar automatizar processos, é de suma importância garantir que eles sejam compreensíveis e utilizáveis por pessoas reais, isto é, fazer sentido para quem irá interagir com a tecnologia ou serviço. Neste contexto, a empatia vai além de simplesmente julgar se alguém está bem ou mal; envolve reconhecer as nuances das experiências individuais. Faço-lhe o convite à reflexão: você já percebeu que os conflitos organizacionais sempre acontecem quando nos esquecemos dos princípios básicos da empatia? Por outro lado, as coisas parecem extremamente simples quando somos empáticos e propomos alternativas e resolução de problemas de forma colaborativa, certo? A magia da colaboração multidisciplinar no ambiente corporativo reside na união de esforços, mesmo diante dos desafios inevitáveis. Durante minha experiência, percebi que a responsabilidade não é apenas individual; é coletiva. Todos devemos contribuir além das fronteiras de nossas funções para alcançar soluções significativas. De pessoas para pessoas: por que a mentalidade empresarial precisa estar focada nos stakeholders Em um cenário no qual a empatia e a automação são fundamentais, adiciona-se ainda a importância de outras práticas essenciais, em especial a idealização de projetos com foco na inclusão de pessoas desde o princípio. E não digo apenas no sentido de promover a diversidade, mas também de potencializar a inovação ao integrar diferentes perspectivas. Do outro lado da moeda, contudo, é preciso evitar alguns erros comuns quando pensamos em ideias para impulsionar nossa empresa ou negócio. Explico-os a seguir: 1. Ignorar as necessidades dos usuários resulta em soluções que não atendem às expectativas ou necessidades reais do consumidor final; 2. Focar apenas na tecnologia, ignorando aspectos humanos, limita o impacto e a adoção da solução; 3. Apenas validar a ideia com stakeholders ao invés de compreender leva a soluções que não são aceitas ou adotadas pelo mercado ou pela equipe interna; 4. Não aprender com erros passados leva a falhas recorrentes em novos projetos; e 5. Não se adaptar às mudanças faz com que os projetos se tornem obsoletos rapidamente. Isso vai funcionar para o usuário final? Ser empático como empresa significa entender e atender às necessidades dos clientes, garantindo resultados positivos. Basicamente, o que quero dizer é: ser empático significa reconhecer nossa humanidade compartilhada. Porém, para que possamos praticar a empatia, umas das possibilidades, segundo o professor do MIT, Otto Scharmer, é preciso silenciar três vozes prejudiciais para nós e para os outros: julgamento, cinismo e medo. Se formos capazes de fazer isso, conseguiremos cultivar uma mente aberta para compreender melhor os outros, evitar a arrogância e agir com coragem e sinceridade – todos esses três valores são essenciais para manter conexões genuínas com as pessoas ao redor e praticar, além da empatia, respeito no nosso dia a dia. E se você se pergunta como fazer isso? Não tem fórmula mágica, mas uma possibilidade seria: por meio da evolução, simplicidade e adaptação às diferenças. Essas três atitudes essenciais, trazem segurança psicológica e solidificam o respeito mútuo na equipe, fundamentais para o sucesso de projetos. Evoluir constantemente colabora para alcançar resultados superiores e ultrapassar expectativas; adotar simplicidade é uma forma de inovação eficaz; e adaptar-se às diferenças individuais dentro da equipe valoriza as particularidades de cada membro e criando um ambiente onde todos se sintam seguros para contribuir. Afinal, a liberdade criativa e a confiança são essenciais para um ambiente de trabalho harmonioso e produtivo. Para fechar minha reflexão, concluo com uma citação de Mark Twain, escritor norte-americano: “Os dois dias mais importantes da sua vida são: o dia em que você nasceu e o dia em que você descobre o porquê”.
Justiça do Trabalho reconhece vínculo de motorista com Uber por subordinação ao algoritmo
Do site Consultor Jurídico: A ministra Liana Chaib, do Tribunal Superior do Trabalho, deu provimento a recurso de revista interposto por um motorista para reconhecer o vínculo empregatício entre ele e a plataforma Uber. Anteriormente, um acórdão do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) havia negado o reconhecimento do vínculo, por entender estarem ausentes a subordinação e a não eventualidade na relação entre as partes. O acórdão contrariou, no entanto, conforme destacou a ministra Liana Chaib, um precedente recém-firmado pela 2ª Turma do TST ao apreciar outro recurso de revista, relatado pela desembargadora convocada Margareth Rodrigues Costa. Subordinação ao algoritmo No recurso citado pela ministra para reverter a decisão de segundo grau, a desembargadora convocada propôs o reconhecimento de uma nova modalidade de subordinação, a “subordinação pelo algoritmo”, que se manifesta no modelo de gestão do trabalho imposto pelos aplicativos aos trabalhadores. Teoricamente, esses trabalhadores têm a liberdade para conduzir a própria jornada e se desconectar dos aplicativos, que dizem que são apenas intermediadores. No entanto, as plataformas exercem poder diretivo sobre eles ao puni-los em caso de recusa das corridas e de estarem disponíveis por menor tempo para o serviço. “Para trabalhar, o reclamante tinha de ficar conectado à plataforma, sendo avaliado e recebendo o volume de corridas por preços e critérios estipulados unilateralmente, por meio de algoritmos. Ou seja, a empresa, de forma totalmente discricionária, decidia sobre a oferta de trabalho, o rendimento e até pela manutenção ou não do reclamante na plataforma, o que evidencia seu poder diretivo”, disse Margareth Rodrigues Costa naquele recurso de revista. “Verifica-se, no âmbito da programação inscrita no software do aplicativo, que o modelo de gestão do trabalho das referidas empresas orienta-se, em um processo denominado de gamificação, pela dinâmica dos ‘sticks and carrots’, na qual os trabalhadores são estimulados e desestimulados a praticarem condutas, conforme os interesses da empresa-plataforma, a partir da possibilidade de melhorar seus ganhos e de punições indiretas, que respectivamente reforçam condutas consideradas positivas e reprimem condutas supostas negativas para a empresa, em um repaginado exercício de subordinação jurídica”, afirmou Costa naquela ocasião. Releitura da relação de emprego A ministra Liana Chaib, que copiou a ementa do caso anterior em sua decisão, destacou então que “o modelo de gestão do trabalho de empresas de plataforma-aplicativo (gamificação) exige uma releitura dos requisitos da relação de emprego, à luz dos novos arranjos produtivos, que passa ao largo da conceituação clássica e tradicional considerada pela decisão recorrida para afastar o vínculo empregatício”. Assim, ela determinou a volta do processo ao primeiro grau, para que as demais demandas postuladas pelo motorista na petição inicial sejam apreciadas agora sob o entendimento de que ele dispunha, sim, de vínculo com a empresa Uber. Clique aqui para ler a decisão no processo 0020005-38.2022.5.04.0001.
Correios lançam série de selos homenageando sete cientistas pioneiras no Brasil
Os Correios estão lançando série de selos que celebra, ao mesmo tempo, sete mulheres pioneiras das ciências brasileiras. A Emissão Postal Especial Mulheres Pioneiras das Ciências Brasileiras, que entrou em circulação no último dia 24 de novembro, Dia Mundial da Ciência, retrata as cientistas Bertha Lutz, Carolina Bori, Enedina Alves Marques, Graziela Barroso, Marcia Barbosa, Maria Deane e Sonia Guimarães. Nesta quarta-feira (18), ocorre o lançamento do selo que estampa a primeira engenheira mulher e negra do Brasil, Enedina Alves Marques. A emissão é composta por sete selos que seguem a mesma identidade visual: o rosto de cada cientista emoldurado pelo “espelho de Vênus”, ícone que simboliza o gênero feminino. Seus nomes aparecem em destaque, dispostos em diferentes planos entre os demais elementos gráficos, se sobrepondo entre si, como se cada selo fosse um pequeno pôster. Impulsionando a força feminina em terrenos anteriormente ocupados por homens, o fundo é composto por uma retícula inspirada também no símbolo da mulher. Por fim, para representar parte das conquistas de cada cientista, foram usadas imagens relacionadas às suas obras. Com arte de José Carlos Braga, em todos os selos, as técnicas usadas foram ilustração com grafite, ilustração vetorial e pintura digital. Cada um deles tem tiragem de 96 mil selos – cada folha contém 12 – e o valor facial é de 1º porte de carta. Eles estarão disponíveis na loja online e por meio de encomenda nas agências dos Correios. Selo Enedina Alves Marques – A cor predominante é azul, e há um mapa fluvial do Reservatório Capivari-Cachoeira, o projeto do reservatório e um diagrama simplificado de um gerador hidrelétrico. As técnicas usadas foram ilustração com grafite, ilustração vetorial e pintura digital. Nascida em Curitiba, em 1913, Enedina Alves Marques desafiou as barreiras sociais e raciais de sua época para se tornar a primeira engenheira negra do Brasil. Formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 1945, sua trajetória é um marco na história da educação e da engenharia no País. Em uma época em que as mulheres, especialmente as negras, tinham suas oportunidades educacionais severamente limitadas, ela demonstrou uma determinação inabalável. Ao longo de seu curso, Enedina enfrentou inúmeros desafios. Era a única mulher negra em uma turma predominantemente masculina e branca, e seu caminho foi marcado por preconceitos e discriminações. Trabalhou em diversos projetos importantes no Paraná, deixando um legado significativo na infraestrutura do estado. Enedina faleceu em 1981, mas sua memória e legado continuam vivos. Selo Bertha Lutz– A cor predominante é laranja, e há ilustrações de dois anfíbios inspirados na capa da publicação Brazilian Species of Hyla, de sua autoria. Filha do cientista Adolpho Lutz e da enfermeira inglesa Amy Fowler, Bertha Lutz nasceu em São Paulo, em 1894. Estudou na França durante a Primeira Guerra Mundial e formou-se em Ciências Naturais na Sorbonne. De volta ao Brasil, morou no Rio de Janeiro. Influenciada pelo movimento sufragista, Lutz começou a escrever para a imprensa carioca artigos que discutiam a situação da mulher e a necessidade de um movimento organizado que lutasse por seus direitos. Foi a segunda mulher a ser admitida em concurso público no País, em 1918, para o cargo de “secretário” do Museu Nacional, onde trabalhou por toda a vida. Chamada a integrar a delegação brasileira para a Conferência de São Francisco, criadora da Organização das Nações Unidas, a brasileira foi uma das quatro mulheres do mundo a assinar a Carta da ONU, num universo de 160 homens. Morreu em 1976, no asilo da Tijuca, aos 82 anos. Selo Carolina Bori – A cor predominante é roxo, e o símbolo da psicologia, a letra grega Psi, está no centro entre dois ícones da mente humana, ora conturbada, ora em equilíbrio. Nascida em São Paulo em 4 de janeiro de 1924, este ano celebra-se o centenário de nascimento de Carolina Martuscelli Bori. Uma pioneira da ciência e da política científica, que introduziu no Brasil a Análise Experimental do Comportamento, em uma época em que a psicologia era ainda um campo de estudo novo e pouco explorado no País. Foi também a primeira mulher a presidir a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Sua atuação política foi desde a defesa da regulamentação da profissão de psicólogo e o estabelecimento do primeiro currículo mínimo para a formação de psicólogos no País, até a mobilização da comunidade científica para a elaboração de propostas para a nova Constituição Federal de 1988. Faleceu aos 80 anos, em 4 de outubro de 2004, na mesma cidade em que nasceu. Selo Graziela Barroso – A cor predominante é verde, e há ilustrações de elementos botânicos, objetos de sua pesquisa, e dentre eles a espécie Dorstenia grazielae. Graziela Maciel Barroso, natural de Corumbá (MS), nasceu em 11 de abril de 1912. Contrariando as convenções de gênero, próprias da época, Graziela concorreu em 1946 a uma vaga em concurso público para o cargo de naturalista no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, sendo, nesta instituição, a primeira mulher aprovada por concurso. A partir de então passou a exercer as suas atividades profissionais na área da Sistemática Vegetal, principalmente na linha de Taxonomia, que objetiva a identificação científica de plantas, e em Morfologia. Graziela só se afastou da sua instituição Jardim Botânico do Rio de Janeiro quando aceitou o convite para integrar o grupo de professores que fundou departamentos e institutos da Universidade de Brasília (UnB). Ao longo dos anos marcados pela ditadura militar, Graziela aliou-se à luta de alunos e professores em defesa das liberdades democráticas na universidade e no País. Pouco antes de morrer em 2003 foi eleita para a Academia Brasileira de Ciências, mas a condecoração foi post-mortem. Selo Marcia Barbosa – A cor predominante é azul, e há elementos como a molécula da água, e imagens esquemáticas e fórmulas de suas publicações científicas. Marcia Cristina Bernardes Barbosa é uma das mais reconhecidas pesquisadoras brasileiras da atualidade. Nasceu no Rio de Janeiro em 1960, tendo se transferido para o Rio Grande do Sul com quatro anos de idade. Em 1978, ingressou na Universidade Federal do Rio Grande do
Supremo arquiva queixa-crime com a qual Michelle Bolsonaro tentava perseguir e intimidar Érika Hilton
Do site Brasil 247: Queixa-crime apresentada por Michelle Bolsonaro contra a deputada federal Érika Hilton (Psol, foto acima), acusando a parlamentar de injúria e difamação, transitou em julgado e foi arquivada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão, segundo a coluna do jornalista Ancelmo Gois, de O Globo, seguiu para o arquivo após a Primeira Turma do STF negar um agravo apresentado por Michelle, que buscava um novo julgamento do caso. O episódio teve início em março deste ano, quando Michelle Bolsonaro recebeu o título de cidadã honorária da cidade de São Paulo, concedido pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB). A homenagem gerou uma reação nas redes sociais por parte da deputada Érika Hilton, que publicou uma crítica irônica: “Não dá nem pra homenagear Michelle Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque literalmente até isso ela já fez”. A queixa-crime de Michelle foi inicialmente rejeitada pelo ministro Luiz Fux, que entendeu que as declarações da deputada estavam cobertas pela imunidade parlamentar, o que garantiu sua proteção legal. Com a decisão recente, o caso foi encerrado e o processo seguiu para os arquivos do STF.
Cagece: Relatório de Sustentabilidade da empresa relaciona dados econômicos, ambientais e sociais
A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) tornou público o Relatório de Sustentabilidade de 2023, com as principais ações e acontecimentos da empresa para a universalização dos serviços de água e esgoto, além de resultados ambientais, sociais e de governança corporativa. O documento está disponível no portal da companhia, na seção ‘Governança Corporativa’, opção ‘Documentos’, e ‘Relatórios’. Pelo sétimo ano consecutivo, a metodologia utilizada pela companhia na construção e apresentação do relatório inclui diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), que permitem a publicação dos impactos mais significativos da companhia na economia, no meio ambiente e nas pessoas, inclusive os impactos nos direitos humanos. Também foram estabelecidas correlações entre as práticas desenvolvidas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O presidente da Cagece, Neuri Freitas, defende que “operamos em estado com clima semiárido, o que significa que nosso olhar para a crise climática tem que ir além, e ser sempre alinhado com a convivência com a seca”. Ele continua, pontuando que “não podemos negar que a sustentabilidade já é o futuro da universalização e na Cagece já temos data marcada para o alcance de todos os nossos objetivos: 2033, o ano em que cada cearense terá esgotamento à porta de casa e água boa e de qualidade disponível”. A coordenadora de Responsabilidade Social da Cagece, Samara Silveira, explica que o relatório presta contas das ações que a companhia tem implantado para o aprimoramento dos processos e para a melhoria na oferta dos serviços. “A gente considera que, além de ser um importante documento de transparência, o relatório apresenta os compromissos que são assumidos pela companhia para alcançar esse crescimento econômico, porém harmônico com a sociedade e com meio ambiente”, conclui. Resultados O Relatório de Sustentabilidade de 2023 demonstra que a Cagece investiu R$1.153,2 milhões, cerca de 25,4% a mais que o ano anterior. Dentre os principais projetos concluídos durante o ano, estão a ampliação do Sistema Adutor da Ibiapaba, a execução do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) da Sede de Itaitinga/CE, a ampliação do Sistema de Abastecimento de Água (SAA) de Russas-CE, a Ampliação e Melhorias do SES de Maracanaú e a execução do SES dos Bairros Cidade 2000 e Patriarca na sede do município de Crateús. Os resultados apurados com as ações de combate às perdas de água também são destaque no documento. A agilidade do trabalho das equipes técnicas da companhia possibilitou que 79,83% dos vazamentos fossem retirados em até 1 dia. Para o combate às fraudes, foram realizadas vistorias em mais de 255 mil imóveis, o que possibilitou a retirada de mais de 22 mil irregularidades decorrentes de fraudes. O volume recuperado a partir das vistorias é de 3 milhões m³ de água tratada. De janeiro a dezembro de 2023, foram 47,8 mil ações de responsabilidade social realizadas pela Cagece, em oito programas da companhia. Somente por meio do Programa Reciclocidades, a companhia beneficiou cerca de 2,5 mil pessoas, a partir da transformação de 1656 kg de materiais recicláveis em produtos passíveis de comercialização. O valor gerado com a venda dos produtos e revertido para as artesãs participantes foi de R$31,5 mil. Para acessar o relatório completo, clique aqui.