Desde o início da greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em 10 de julho de 2024, o tempo médio para análise de benefícios previdenciários aumentou significativamente, afetando mais de um milhão de segurados. Dentre as principais reivindicações dos servidores estão a melhoria salarial e a valorização das carreiras, especialmente para cargos técnicos. Segundo dados da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), essa paralisação não apenas aumenta o tempo de espera para benefícios como aposentadorias e pensões, mas também prejudica o pente-fino em benefícios indevidos, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O impacto da greve atinge todo o Brasil e afeta inclusive o agendamento de perícias médicas, apesar de os médicos peritos não terem aderido à paralisação. Para mitigar os efeitos da greve, o INSS recomenda que os segurados utilizem a plataforma digital Meu INSS e a Central de Atendimento 135, onde ainda é possível solicitar serviços de forma remota, embora a análise dos pedidos possa sofrer atrasos. De acordo com o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, o órgão está em diálogo com os representantes dos servidores, e uma proposta de reajuste salarial de até 28,7% foi oferecida para tentar encerrar o movimento
“Nosso interesse é voltar ao trabalho o mais rápido possível. A greve é um instrumento de defesa do trabalhador, mas também da Previdência Social pública”, afirma Viviane Peres, diretora da Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores do INSS.
Enquanto a greve persiste, segurados que aguardam pela concessão de benefícios essenciais estão enfrentando dificuldades financeiras e podem buscar medidas legais para garantir a análise do seu caso, como recomendam especialistas em direito previdenciário. A expectativa é de que novas negociações avancem para que os serviços sejam normalizados e as filas de espera sejam reduzidas o mais rápido possível.
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