O Autismo Nível 1 é caracterizado por uma necessidade mínima de suporte e por comportamentos que, muitas vezes, são confundidos com traços de timidez ou introversão. Essa semelhança dificulta o diagnóstico precoce e pode atrasar intervenções essenciais para o desenvolvimento pessoal e social dos indivíduos afetados. De acordo com a psicóloga clínica Juliana Camilo, o Autismo Nível 1 apresenta sinais mais sutis que, sem a avaliação adequada, “podem ser facilmente confundidos com timidez, dificultando o diagnóstico e a inclusão efetiva desses indivíduos”.
A identificação precoce e o acompanhamento especializado, segundo Camilo, são fundamentais para que a pessoa com autismo nível 1 possa desenvolver autonomia e habilidades sociais. “Com o diagnóstico, torna-se possível promover um ambiente de acolhimento e suporte que permita ao indivíduo expressar-se sem o peso do julgamento social”, explica a psicóloga. Os tratamentos recomendados incluem psicoterapia, fonoaudiologia e acompanhamento psicopedagógico, abordagens que ajudam a melhorar a comunicação e a interação social.
Além dos tratamentos formais, grupos de apoio e comunidades especializadas oferecem um espaço valioso para troca de experiências. “A interação com outros indivíduos do espectro autista é uma forma de validar as próprias dificuldades e encontrar novas maneiras de enfrentá-las”, finaliza a especialista. Para muitos adultos diagnosticados tardiamente, como Beatriz Bruno, de 25 anos, o diagnóstico trouxe autocompreensão e alívio: “Passei a entender porque era diferente e a perceber que certas dificuldades não eram algo errado, apenas uma maneira distinta de ser”, conta Beatriz.
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